FOTO: Divulgação/Epamig

Epamig intensifica ações para melhoria do cultivo de café arábica

Redação Sou Agro
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FOTO: Divulgação/Epamig

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realiza, ao longo de seus 50 anos, várias ações para o fortalecimento e a melhoria da cafeicultura do Estado e do Brasil. Até o momento, o Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro disponibilizou aos produtores rurais 21 cultivares de Coffea arabica L.

“Este trabalho foi fruto de diversas parcerias com diferentes instituições nacionais e internacionais e resultado do esforço conjunto de vários pesquisadores que buscam atender a demanda do mercado consumidor”, destaca o pesquisador da Epamig Gladyston Carvalho, lembrando que as ações são contínuas.

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Atualmente, vários genótipos estão em diferentes fases de desenvolvimento nos campos experimentais da empresa. Entre estes genótipos, os híbridos de Coffea arabica L, têm recebido grande atenção, por apresentarem elevadas produtividades e reunirem em seu DNA resistências múltiplas às diferentes doenças fúngicas da cultura.

Na última semana, uma equipe da empresa Multicana Plus Service Ltda, especializada na clonagem de espécies vegetais, sediada em Holambra (SP) esteve no Campo Experimental da Epamig em Patrocínio para realizar a coleta de folhas de híbridos de café arábica.

“Foram selecionados 22 híbridos superiores dentre os 115 avaliados nas últimas três safras agrícolas. Foram considerados aspectos como alta produtividade, excelente resistência às doenças, bem como, diferenciações positivas na qualidade da bebida. Os híbridos serão submetidos a multiplicação em laboratório, originando clones que posteriormente serão levados a campo”, informa o pesquisador da Epamig Vinícius Teixeira Andrade, que acompanhou a coleta das folhas dos híbridos selecionados, juntamente com o pesquisador da Embrapa Café, Guilherme Abreu,

Ao final do processo de clonagem serão produzidas 17 mil mudas em laboratório, custeadas com recursos do Consórcio Pesquisa Café. “A clonagem permitirá acelerar o processo de avaliação destes híbridos superiores permitindo explorar o vigor híbrido em Coffea arabica L. Dessa forma, poderemos otimizar o tempo de desenvolvimento de uma nova cultivar que atualmente é de 25 anos, em média, para, aproximadamente, 15 anos”, informa o pesquisador da Epamig/Consórcio Pesquisa Café, Francislei Vitti Raposo.

As mudas ficarão prontas em 2026 e serão levadas a campo em Unidades Demonstrativas nas principais regiões produtoras de café de Minas Gerais. “Trata-se de um projeto de longo prazo. Os híbridos experimentais farão parte de 20 ensaios. Nesses experimentos, os clones serão comparados com seis cultivares comerciais amplamente utilizadas, que servirão como padrões de referência”, acrescenta Francislei.

A expectativa é que, após quatro colheitas, obtenha-se dois ou três híbridos validados para serem difundidos, entre os produtores, como cultivares comerciais superiores. “Os benefícios serão imensos aos produtores rurais, uma vez que, além de altas produtividades e resistências múltiplas, os híbridos de Coffea arabica L. oferecem estabilidade produtiva maior, minimizando as variações observadas safra após safra”, finaliza o pesquisador.

O projeto “Exploração da heterose de híbridos F1 e de populações F2 de Coffea arabica, visando incremento de produtividade, resistência múltipla e qualidade sensorial”, conta o apoio financeiro da Fapemig/ Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), do Consórcio de Pesquisa do Café, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do INCT Café.

(Com Ascom/Epamig)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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