SC deve investir R$ 3,2 milhões para incentivar cultivo de cereais de inverno

Fernanda Toigo

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FOTO: Aires Mariga/Epagri

Neste ano, o Governo do Estado de Santa Catarina deve investir R$ 3,2 milhões para incentivar a produção de trigo, triticale e cevada no Estado, valor 60% superior ao de 2023.  Esses recursos serão destinados para o Programa de Incentivo ao Cultivo de Cereais de Inverno, desenvolvido desde 2021 pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR). O objetivo é alavancar a produção dessas culturas como uma estratégia para abastecer as cadeias produtivas de aves e suínos, reduzindo a dependência do Estado pelas importações de milho para alimentação animal.

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Santa Catarina conta com uma cadeia produtiva de proteína animal significativa e em constante crescimento. De acordo com estudo da Epagri/Cepa, para atender essa produção o Estado necessita anualmente em torno de 8 milhões de toneladas de milho para a fabricação de ração. Na safra 2022/2023 a produção de milho em SC foi de aproximadamente três milhões de toneladas, segundo dados disponíveis no Observatório Agro Catarinense. O déficit na relação de produção e consumo é de 5 milhões de toneladas, que precisam ser importadas de outros estados e países vizinhos para abastecer a cadeia produtiva catarinense.

Benefícios do Programa

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, afirma que esse programa é um estímulo para diversificação e agregação de valor na área rural. “Além de reduzir custos e melhorar a competitividade da pecuária, o cultivo de cereais de inverno é uma alternativa de renda adicional para as famílias rurais, pois aproveita áreas que não estavam sendo usadas no inverno e proporciona outros benefícios, como a rotação de culturas. As áreas cultivadas com cereais de inverno mantêm o solo protegido e geram receita para as famílias”, explica.

Segundo o diretor de Cooperativismo e Desenvolvimento Rural, Léo Kroth, as culturas produzidas no inverno são consideradas excelentes alternativas para suprir a escassez de milho usado para a produção de ração animal.“Segundo pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Trigo (RS) e Embrapa Suínos e Aves (SC), esses cereais são opções viáveis para substituir o milho na formulação de rações e concentrados para alimentar suínos e aves”, enfatiza.

(Com Imprensa/Agro/SC)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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