Visando a melhor produção de alimento orgânico no Paraná, o programa Paraná Mais Orgânico busca orientar agricultores familiares interessados em produzir alimentos de maneira orgânica, auxiliando também a certificação do produtor de alimento orgânico no Paraná. E, por isso, o programa também está presente durante o Show Rural.

O Paraná Mais Orgânico é um programa da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI), vinculado a todas as Universidades Estaduais, ao Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) e do Abastecimento, e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). O programa possui um núcleo no campus de Marechal Cândido Rondon e um no de Francisco Beltrão da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Segundo Andressa Caroline Zang, agrônoma e bolsista profissional no programa, o Paraná Mais Orgânico objetiva possibilitar a certificação de sistemas orgânicos da agricultura familiar, seja ela de produção primária vegetal e agricultura, tanto da parte de agroindústrias e produção animal. “Além disso, auxilia também na parte da comercialização desses produtos, com o objetivo de inseri-los na merenda escolar”, explica. Isso porque a intensão do Estado é que a merenda escolar seja gradualmente 100% orgânica até o ano de 2030, conforme a Lei 16.751/10.

O Programa Paraná Mais Orgânico oferece serviços gratuitos aos agricultores, o que acaba sendo uma extensão com a agricultura familiar. “Tem dias de campo, palestras, capacitações, certificações, entre outros. Então o projeto visa auxiliar os agricultores a adequar as propriedades rurais para que elas estejam aptas para receber a certificação orgânica, que agrega valor aos produtos produzidos nas propriedades, que também serão produzidos com mais qualidade e sustentabilidade para o meio ambiente”, diz Andressa.

A certificação é bastante importante para os produtores, que estão buscando cada vez mais a produção orgânica e o auxílio do programa. “O Paraná Mais Orgânico gera muita sinergia, então a gente cresceu muito, é uma comemoração que fazemos. Conquistamos vários parceiros, no estado do Paraná, e hoje a Rede Ecovida é um dos principais, ou seja, o agricultor faz certificação auditada ou participativa”, fala o coordenador do Paraná Mais Orgânico do estado, Ednaldo Michellon.

A coordenadora do Núcleo do Projeto em Marechal Cândido Rondon, Vanda Pietrowski, explica que o Programa Paraná Mais Orgânico também busca apoiar os agricultores para que eles se adequem à legislação, isso para que eles possam continuar entregando seus produtos aos programas de aquisição de alimentos do governo. “A venda é uma venda segura, já acertada, que o agricultor faz a oferta lá no início do período letivo quando abre para a compra e ele sabe o que vai poder entregar o ano inteiro, então ele produz com o mercado garantido. O que acontece, é que no Paraná foi aprovada a lei de que até 2030 toda a alimentação para esses programas deve ser orgânica. Então os agricultores familiares que não são orgânicos, vão perder esse mercado que já é fixo para eles, então eles precisam se adequar para poder continuar vendendo e entregando suas produções para a merenda escolar”

Paraná Mais Orgânico no Show Rural

Considerando o alto número de agricultores que visitam o Show Rural, o Paraná Mais Orgânico faz questão de participar no estande da Unioeste. A bolsista do programa enxerga a participação como uma grande oportunidade. “Por ser um evento de importância nacional, ele acaba abrindo um leque e oportunizando as mais diversas áreas do agronegócio, e a agricultura orgânica não pode ficar de fora, porque nos últimos anos a gente sabe que, querendo ou não, tem uma procura maior por certificação por consumo de alimento orgânico”.

Além disso, participar do evento é uma oportunidade de apresentar aos agricultores os serviços do programa, que é referência nacional, sendo que em 2023, o estado do Paraná foi o estado com mais propriedade certificada do país, chegando a quase 4000 agricultores certificados. Além de divulgar o trabalho, buscando aumentar as áreas de abrangência.

(Por Unioeste)

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(Redação Sou Agro/Sou Agro)