Foto: Reprodução/Embrapa

Pesquisadora brasileira torna-se membro da Organização Mundial dos Produtores

Redação Sou Agro
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Foto: Reprodução/Embrapa

A Embrapa tem em 2024 uma representante na World Farmers Organization (WFO – Organização Mundial dos Produtores), com sede em Roma (Itália). A pesquisadora Mariana de Aragão Pereira, lotada na Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS), passa a integrar o Conselho Científico da Organização, que é formado por cientistas e agricultores. A WFO reúne organizações representativas de agricultores de todo o mundo, e o Brasil, pela primeira vez, fará parte desta organização, que representa mais de 1 bilhão de produtores.

Arnold Puech d’Alissac, presidente da WFO, afirma que “o papel do conselho é fornecer aconselhamento independente à organização e dar apoio científico em seus processos globais”. O conselho também é um espaço para os cientistas partilharem seus estudos à rede.

D´Alissac ressalta que, por representar a voz dos agricultores, a WFO tem diálogo e negociações com diversos fóruns como a Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, o Comitê Mundial de Segurança Alimentar (CFS), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Mundial do Comércio (OMC), dentre outros.

Para Mariana Aragão, o convite é um reconhecimento à empresa brasileira e, pessoalmente, um marco profissional. Em novembro do ano passado, Mariana participou da primeira reunião do conselho, na qual foram apresentados os novos conselheiros científicos e ressaltado o importante papel desempenhado pela organização. A pesquisadora é especialista em economia rural e, atualmente, coordena o Programa de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) – bovinos de corte.

Internacionalização

Em outubro do ano passado, Aragão participou de uma série de encontros em Roma, entre eles, o Brazil Agri-Food Facts, evento que teve também a presença da presidenta da Embrapa, Silvia Massruhá, e outros especialistas de diversas áreas multidisciplinares, para discutir e reafirmar os compromissos brasileiros com a intensificação sustentável da agropecuária.

Em outra frente de trabalho, ainda pela Itália, a pesquisadora esteve com outros 40 especialistas em diversas áreas associadas à produção animal, discutindo questões éticas, culturais, nutricionais, ambientais e de comunicação para promover a ciência por trás dessa cadeia produtiva. O principal resultado dessa iniciativa, segundo ela, será a elaboração de um documento, no qual as principais contribuições, perspectivas e sugestões estarão compiladas a fim de contribuir com uma agenda positiva e uma abordagem mais sistêmica sobre o papel da produção animal para a sociedade.

Ainda fechando 2023, o grupo de pesquisa da Embrapa Gado de Corte recebeu a visita de Vinícius Guimarães, atual coordenador do Labex-Europa. Em workshop, organizado por Mariana Aragão, os pesquisadores da Unidade ouviram sobre as ocasiões de trabalho junto a países da União Europeia (UE), incluindo a apresentação do Programa Horizonte Europa, que é o Programa de Pesquisa e Inovação da UE com orçamento na ordem de 100 bilhões de euros.

Durante o encontro, Guimarães apresentou oportunidades de financiamento oferecidas pelo Horizonte Europa, a exemplo do programa Marie Skłodowska-Curie e também do European Research Council (ERC). “Em cada país existem oportunidades que podem ser exploradas, como as recentes articulações que fizemos com as instituições inglesas”, destacou Guimarães.

No Biotechnology and Biological Sciences Research Council (BBSRC), agência do Reino Unido de financiamento em pesquisa e capacitação, existem bolsas de pesquisa padrão, recursos para workshops e troca de experiências que podem ser acessados pelas equipes da Embrapa.

Para a melhorista Liana Jank, que é a representante de relações internacionais da Unidade e lidera o programa de melhoramento de Panicun na Embrapa, conhecer tantas oportunidades internacionais é uma forma de incentivar os cientistas e mostrar que uma atuação internacional é mais simples e possível do que a grande maioria pensa.

(Por Embrapa)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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