Após conflitos em Guaíra, força nacional deve chegar neste fim de semana
Deve chegar neste sábado um reforço na segurança de moradores do Oeste do Paraná. Depois do ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) autorizar a atuação da Força Nacional de Segurança na região de Guaíra, 20 agentes federais devem chegar a cidade.
A situação é tensa na região há algumas semanas, depois que, segundo relato de moradores, uma propriedade rural foi invadida por indígenas. O fato teria acontecido em dezembro.
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O caso
Uma equipe de policiais do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFRON) foi atacada por indígenas em Guaíra, no Oeste do Paraná. O grupo foi agredido na noite de quarta-feira (10).
De acordo com o BPFRON, eles haviam recebido uma denúncia de que um casal estava sendo refém de um grupo de indígenas. Ao chegarem no local, os policiais foram recebidos por indígenas armados com arco e flechas e facões, os quais jogaram pedras e dispararam flechas.
Nenhum policial ficou ferido e as flechas foram recolhidas.
Além disso, a equipe de policiais foi informada de que três indígenas tinham sido atingidos por disparos de arma de fogo e que dois deles foram encaminhados à UPA de Guaíra. Os ferimentos teriam sido causados após um ataque à tribo.
Apenas depois de muita negociação, os indígenas permitiram que os policiais entrassem no assentamento onde o casal era feito refém. No local, um homem estava amarrado e bastante ferido.
Segundo o BPFRON, a mandante do crime afirmou que teriam pego a primeira pessoa que encontraram para poderem vingar o ataque à sua tribo.
Apesar da hostilidade, os policiais conseguiram libertar o homem tido como refém, encaminhando-o ao atendimento médico. O outro indígena ferido, que tinha um ferimento no rosto, não aceitou ser encaminhado à UPA.
Próximo ao local do crime, os policiais encontraram a casa do homem pego como refém. Lá foram encontrados um arco e flecha, três facões e uma lança adornada.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, esteve na cidade nesta quinta-feira (11). O objetivo da viagem era compreender a gravidade do caso e possibilitar a reintegração de posse ou restabelecimento da ordem.
Com CBN Curitiba