A busca por transformar a vitivinicultura, a produção de uvas, vinhos, sucos e espumantes, em mais uma cadeia vitoriosa no agronegócio paranaense foi ressaltada durante a abertura do Colóquio Internacional Vinho, Patrimônio, Turismo e Desenvolvimento.
“O nosso desafio é fortalecer a vitivinicultura como atividade econômica importante e relevante para a agricultura, indústria e para todos os que entendem que é possível fazer sucos, vinhos e espumantes de qualidade”, afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. O evento reúne especialistas e produtores do Brasil, França, Portugal, Chile e Argentina.
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A viticultura chegou ao Paraná com os primeiros imigrantes, particularmente italianos. No entanto, por um longo período, doenças e dificuldades no trato cultural fizeram com que a prática ficasse adormecida.
Nos últimos anos, com algumas iniciativas particulares e incentivo do governo estadual, houve uma forte retomada. Isso, segundo Ortigara, fez também com que o turismo rural crescesse em torno dessa atividade. “Tem de dar resposta financeira para os produtores e para a indústria, a agricultura precisa ser de resultados”, conclamou o secretário.
O Programa de Revitalização da Viticultura Paranaense (Revitis) é um dos temas do Colóquio e foi apresentado pelo coordenador do programa na Seab, Ronei Andretta. No mesmo dia, a coordenadora de Turismo Rural do IDR-Paraná, Terezinha Busanello Freire, falará sobre as políticas públicas do enoturismo no Paraná.
Revitis
Entre 2019, quando foi criado o Revitis, até novembro de 2023, foram assinados 38 convênios entre a Seab e prefeituras, garantindo apoio direto a grupos de produtores organizados, no montante de R$ 7,74 milhões. Esse volume beneficiou 389 produtores familiares com mudas, corretivos, fertilizantes, conjuntos de irrigação e equipamentos para agroindústria de uva.
O Revitis tem como objetivo incentivar a produção, agroindustrialização, reorganização da comercialização e desenvolvimento do turismo relacionado à uva e seus derivados. Todos os benefícios têm como base projetos técnicos contendo diagnóstico de mercado, projeções econômicas, garantia de assistência técnica e capacitação dos agricultores envolvidos. Além de fonte de renda para as famílias, as propriedades beneficiadas servem como unidades de referência para os demais agricultores.
(Por AEN)