Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

Condições climáticas extremas continuarão presentes no verão

Redação Sou Agro
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Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

A primavera de 2023 no Paraná foi marcada por eventos meteorológicos severos, incluindo chuvas intensas, inundações, ondas de calor e quebra de recordes de precipitação. As regiões mais impactadas foram Oeste, Sudoeste, Central, Sul e Leste, incluindo a Região Metropolitana de Curitiba. E com a chegada do verão, a situação não será diferente.

De acordo com a previsão do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a partir de amanhã, no primeiro dia de verão, o tempo continua abafado devido à massa de ar quente e úmido predominante, que favorece a ocorrência de chuvas rápidas e localizadas. As temperaturas devem variar entre 16 ºC na Região Sul e 32 ºC na Região Norte.

Isso indica que o fenômeno climático El Niño continuará ativo com forte intensidade na bacia do Oceano Pacífico Equatorial. “O aumento da temperatura da superfície do mar no Pacífico Central e Centro-Leste acima de 1,5 ºC gera condições propícias a chuvas volumosas e persistentes, ventanias e ondas de calor”, explica o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.

Temperaturas e chuvas

O cenário climático global sugere que a temperatura média do ar ficará acima da média climatológica. “Assim como observado na primavera, é provável que neste verão ocorram ondas de calor. Quando intenso e persistente, o calor poderá provocar desconforto térmico”, observa Kneib. Os maiores valores das temperaturas mínimas e máximas tradicionalmente ocorrem nas regiões Oeste, Sudoeste, Norte e Litoral.

Quanto ao regime de chuvas, a tendência é de aproximação progressiva das médias climatológicas nas regiões Norte e Noroeste do Estado. Nas demais regiões, deve oscilar entre o padrão de normalidade para a estação e ligeiramente acima das médias climatológicas. “Os períodos chuvosos aumentam os riscos de desastres naturais como inundações, enxurradas e eventual escorregamento de massa”, afirma o meteorologista.

Agrometeorologia

Segundo a agrometeorologista Heverly Moraes e a meteorologista Ângela Beatriz Ferreira da Costa, que atuam no Instituto de Desenvolvimento Rural – IDR-Paraná, a agricultura extensiva – como as culturas da soja e do milho – será beneficiada pelo clima neste verão, com bom desenvolvimento das plantas e alta produtividade. Será o caso das culturas perenes como café, cana de açúcar e frutíferas, entre outras. As condições meteorológicas também devem favorecer o manejo do gado em pastagens. Rios, represas, riachos e açudes devem manter um bom volume de água, suprindo as necessidades de irrigação em pivôs centrais.

A combinação de temperaturas excessivamente altas, chuvas volumosas, umidade do ar elevada e baixa luminosidade, poderá facilitar a incidência de doenças como a ferrugem e a antracnose da soja, bem como dificultar a aplicação de defensivos agrícolas, comprometendo o rendimento dessas lavouras. A agrometeorologia recomenda cuidado intensivo no cultivo das hortaliças. O atraso na implantação das safras de soja e milho no Sul do estado devido às chuvas excessivas da primavera pode retardar a semeadura do milho safrinha em 2024.

(Com informações do Simepar)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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