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Autoridades discutem ações para combater a monilíase do cacaueiro
Na última semana uma comitiva da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia esteve com os Ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, em Brasília, para discutir a execução de ações de monitoramento e prevenção contra a Monilíase do Cacaueiro, doença que representa enorme risco à cadeia produtiva do cacau. Ao fim do encontro, ficou acertado o empenho nas ações de controle da praga.
A Bahia, juntamente com os estados do Pará, Espírito Santo e Rondônia, concentra 97% da produção nacional de amêndoas de cacau, gerando uma receita de aproximadamente 23 bilhões de reais por ano. A Monilíase do Cacaueiro, causada pela praga quarentenária Moniliophthora roreri, provoca a podridão dos frutos e pode causar danos entre 70% e 100% da produção em propriedades onde a doença se estabeleceu.
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A chegada da monilíase nos países produtores de cacau da América do Sul vem causando graves impactos econômicos. No entanto, ainda não há registros da doença em grandes áreas produtoras do Brasil. No encontro, o secretário Tum apresentou aos ministros uma carta contendo medidas, apontadas por técnicos de diferentes órgãos e estados, como vitais para conter a propagação da praga e preservar as lavouras brasileiras.
O documento foi redigido em outubro deste ano, durante encontro que reuniu representantes da Bahia, Pará, Rondônia e Espírito Santos para discutir o tema, em Salvador. Em resposta à demanda, o ministro Fávaro se comprometeu a encaminhar para execução as medidas apresentadas com o objetivo de isolar a praga no estado do Amazonas, onde estão concentrados os focos no Brasil.
“Nosso objetivo é preservar as grandes regiões produtoras. Por isso, a reunião de hoje foi uma das mais importantes para a cacauicultura brasileira nos últimos anos, já que pudemos mostrar aos dois ministros a dimensão do estrago que a monilíase pode causar numa cadeia produtiva que gera riquezas, emprego, renda e é aliada do meio ambiente”, resumiu o secretário Wallison Tum.
Caso a Monilíase venha a ser constatada nas regiões cacaueiras do País, estima-se que o prejuízo anual provocado pela praga chegue a 3 bilhões de reais, só devido à perda de receita direta das vendas das amêndoas. Some-se a isso o aumento do desemprego no campo e cidades, desmatamento e seus efeitos nefastos aos biomas Amazônia e Mata Atlântica. Além disso, pode gerar caos social em regiões altamente dependentes economicamente da cacauicultura, como a região tradicional no Sul da Bahia, e a Transamazônica, no Oeste do Pará.
(Por Seagri-BA)