Foto: José Fernando Ogura/AEN

Secretaria de Agricultura de Palotina contabiliza quase R$ 4 milhões em perdas nas lavouras

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
Foto: José Fernando Ogura/AEN

Depois da chuva intensa dos últimos dias, a Secretaria de Agricultura de Palotina, no Oeste do Paraná, contabiliza os prejuízos: quase R$ 4 milhões perdidos em lavouras. Pelo menos 219 produtores rurais foram atingidos pelas fortes chuvas no fim de outubro.

Foram doze dias de chuva. O levantamento considera os prejuízos imediatos, sem contar aqueles a longo prazo.

Nas áreas plantadas de trigo, há baixa qualidade em relação às chuvas. Segundo Deral (Departamento de Economia Rural), 80% das áreas de trigo do Paraná foram colhidas, com menos qualidade, por conta do clima. Foram mais de 600 mil toneladas de grão perdidas no campo.

No mês de outubro, grande parte das regiões do Paraná enfrentou um volume de chuvas muito acima da média histórica, causando sérios prejuízos à economia do estado. Alface, cebola, e couve-flor, por exemplo, chegaram a mais do que dobrar de preço em cerca de um mês.

De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), as chuvas intensas resultaram em perdas na qualidade da produção agrícola e pecuária, os danos ainda estão sendo avaliados no campo.

Apenas em Curitiba, a precipitação atingiu 563 milímetros no mês passado, um aumento de 299% em comparação ao ano anterior. A produção de trigo já acumula um prejuízo de R$ 671 milhões, enquanto a cevada perdeu R$ 47 milhões em produtividade.

Os impactos nas lavouras de soja, milho e feijão também são perceptíveis, e a tendência é que os prejuízos aumentem. Além disso, o setor lácteo e a exportação de mel também enfrentam dificuldades, com quedas nos preços e na produção, respectivamente.

Os preços de diversos produtos hortifrútis dispararam, de acordo com dados das Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa). A alface, por exemplo, teve um aumento de 166,7%, com a caixa de 7 quilos saltando de R$ 15 para R$ 40 em apenas um mês. A cebola subiu 122,2%, passando de R$ 45 para R$ 100, enquanto o preço da couve-flor dobrou.

Além das perdas na produção agrícola e dos preços mais altos, as fortes chuvas também afetaram as estradas rurais, essenciais para o escoamento da safra e o deslocamento de maquinários.

Com Agências e AERP

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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