Foto: Jaelson Lucas/AEN

Maltaria paranaense será responsável por 15% da produção nacional

Redação Sou Agro
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Foto: Jaelson Lucas/AEN

Pensando em abastecer de malte as cervejarias de todo o Brasil, seis cooperativas do Paraná se juntaram para implementar um projeto de produção e processamento de cevada. A Maltaria Campos Gerais, que fica em Ponta Grossa, bem na divisa com Carambeí, conta com o apoio da Castrolanda (Castro), da Coopagrícola (Ponta Grossa), da Bom Jesus (Lapa), da Capal (Arapoti), Frísia (Carambeí) e da Agrária (Guarapuava).

Com um investimento bilionário e obras avançadas, a nova Maltaria deve entrar em operação no início de 2024 e, quando estiver em funcionamento, a expectativa é de que produza 240 mil toneladas de malte por ano, cerca de 15% do mercado nacional.  Estima-se um acréscimo de plantio de 70.000 hectares com cevada para alimentar a agroindústria. 

De acordo com os produtores rurais cooperados, o projeto da cevada vem ajudando a superar alguns desafios do agronegócio no Brasil. Confira alguns deles:

  • Mercado: os consumidores são exigentes e demandam qualidade. Por isso, não adianta produzir qualquer cevada, pois o malte pode ter baixo valor. As cooperativas estão alinhadas para investir nessa qualidade. 
  • Avanço tecnológico: para assegurar a qualidade da cevada e, consequentemente, do malte, as cooperativas contam com dois órgãos próprios de pesquisa agropecuária: a Fundação ABC (Frísia, Capal e Castrolanda) e a Fapa (Agrária). A Embrapa, fornece tecnologia, mas as cooperativas também investem no conhecimento agronômico. 
  • Sustentabilidade: por se tratar de uma região peculiar, é importante se dedicar nos cuidados com o solo. Sabendo disso, os agricultores ali instalados, utilizarão o método de cevada regenerativa. Isso porque a cevada deixa uma enorme massa vegetal no terreno que, utilizada como cobertura morta no sistema de plantio direto, contribuirá positivamente para a matéria orgânica e a biologia do solo. 
  • Gestão eficiente: o projeto da cevada mostra muita competência, com estratégias definidas, metas estabelecidas, retornos calculados, vendas antecipadas, o que poderá colaborar para o sucesso do projeto. 

O Brasil importa mais da metade do malte utilizado nas cervejarias do país e com a  parceria entre as cooperativas nos Campos Gerais indica que esses números podem mudar.

Fonte: CCAS

 

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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