Frente da Agropecuária Gaúcha inicia busca de benefícios para agricultores atingidos pelo temporal
Além da cidade, os temporais no Rio Grande do Sul afetaram duramente o campo. Os prejuízos ainda não foram contabilizados, diante de tanta destruição. A Frente da Agropecuária Gaúcha iniciou os trabalhos de apuração de danos, ainda na quinta-feira (07). As regiões mais afetadas são formadas de pequenas propriedades. O empenho dos parlamentares para socorrer os produtores deve se concentrar na busca de recursos para a reconstrução das propriedades. Segundo o deputado Elton Weber (PSB), a partir de agora o trabalho será direcionado para a busca de recursos para que as unidades produtivas voltem a funcionar. “No meio rural, em princípio, será necessário o repasse de recursos e linhas de crédito subsidiado para reconstrução de galpões, compra de máquinas agrícolas e implementos levados pelas águas, para reposição de animais mortos e recuperação de solo”.
O parlamentar visitou alguns municípios destruídos pelas enchentes no Vale do Taquari ouvindo lideranças, agricultores familiares, presidentes e funcionários de sindicatos de trabalhadores rurais, especialmente em Muçum, Roca Sales e Encantado.
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Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha, Weber levará o assunto a ministérios, órgãos governamentais e ao vice-presidente da República Geraldo Alckmin com quem o parlamentar já tinha audiência agendada para a quinta-feira (14), em Brasília, para tratar de outros temas.
Na próxima terça-feira (12), em Lajeado, a Frente Parlamentar realiza reunião com sindicatos de trabalhadores rurais e representantes de municípios atingidos, além de Fetag/RS, Emater e Regionais Sindicais. “Este será nosso foco no pós-tragédia, tornar possível a retomada do processo produtivo. Esperamos que o governo atenda as demandas desta calamidade no Rio Grande do Sul”.
Nesta semana, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul deliberou o repasse de R$ 20 milhões para atenuar os efeitos da catástrofe nos meios urbano e rural.
TECNOLOGIA
O governo do Estado está empregando todos os esforços e recursos tecnológicos e buscando todo o auxílio necessário, inclusive junto a órgãos federais, para encontrar sobreviventes e potencializar a eficácia das ações de busca.
Além de drones pertencentes ao governo do Estado, alguns com tecnologia termal, que capta variações de calor e identifica sinais de vida, o trabalho em campo está empregando equipamentos disponibilizados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR).
Os drones do governo federal possuem diversas funcionalidades que vão além de registros fotográficos e estão sendo utilizados como facilitadores das atividades de busca. Essas ferramentas permitem também a localização de corpos, porque captam informações de altimetria (medição de alturas ou de elevações de um determinado terreno) e altitude (medição da distância vertical de um ponto em relação ao nível do mar). Desse modo, com o compilado desses dados, é feito um processamento, tornando possível calcular plano altimétrico (determinando os níveis do terreno), massa, altura e distâncias.
Foram feitos registros em plano aberto, para mensurar a área afetada, além de imagens em cima de prédios públicos e residências destruídas.
Os registros são georreferenciados e, desse modo, também podem auxiliar nos planos de trabalho para reconstrução de infraestruturas atingidas e no embasamento de decretos de calamidade pública.
Além de drones, estão sendo utilizadas aeronaves com capacidade de voo noturno. Também está sendo utilizado o emprego de cães de busca, realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar.
(Com Secom RS)