Foto: Envato/Sou Agro
SUÍNOS

Com negociações aquecidas, preços dos produtos suínos voltam a ter alta

Foto: Envato/Sou Agro
Débora Damasceno
Débora Damasceno
As vendas domésticas de boa parte dos produtos de origem suinícola, assim como de suínos vivos, reagiram neste começo de agosto. Com as negociações mais aquecidas, o movimento de queda dos preços, observado na segunda quinzena de julho, foi interrompido, e altas passaram a ser registradas em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Para a carne suína, a cotação da carcaça especial acompanhou o movimento de alta verificado para o animal. Quanto às vendas externas, o ritmo das exportações brasileiras de carne suína (considerando produtos in natura e processados) diminuiu em julho, mas registrou forte avanço frente ao de julho de 2022, sendo também o quinto mês consecutivo de volume exportado acima de 100 mil toneladas.   De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 104,2 mil toneladas de carne suína no último mês, quantidade 2,6% menor que a embarcada em junho, mas ainda 9,8% superior à enviada ao mercado internacional no mesmo período do ano passado.

Dados que fizeram exportações de carne suína superar 100 mil toneladas pelo quinto mês seguido

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 105,3 mil toneladas em julho, superando em 9,3% o total exportado no mesmo período de 2022, com 96,3 mil toneladas. A receita gerada com os embarques do mês de julho totalizaram US$ 249,9 milhões, saldo 12,1% superior ao registrado no mesmo período de 2022, com US$ 222,4 milhões. No acumulado de 2023 (janeiro a julho), as vendas internacionais de carne suína mantêm alta de 14,6%, com 695,1 mil toneladas exportadas, contra 606,5 mil toneladas em 2022. No mesmo período, a receita gerada pelas vendas chegou a US$ 1,663 bilhão, saldo 24,3% MAIOR que o total registrado no ano passado, com US$ 1,337 bilhão. “Pelo quinto mês seguido as exportações de carne suína superam o volume total de 100 mil toneladas. Há boas expectativas quanto ao desempenho dos embarques do setor para o ano, com indicativos de potencial recorde”, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA. A China segue como maior importadora da carne suína do Brasil, com 38,3 mil toneladas importadas apenas no mês de julho, mantendo praticamente estabilidade (-0,1%) em relação ao mesmo mês de 2022. Também foram destaques as vendas para Filipinas, com 11,4 mil toneladas (+38%), Hong Kong, com 7,8 mil toneladas (+8%) e Chile, com 6,9 mil toneladas (+107%). (Com Cepea)

(Débora Damasceno/Sou Agro)