Foto: divulgação internet

Na luta contra a cigarrinha tem defensivo biológico dando show no controle da praga

Débora Damasceno
Débora Damasceno

Falar de produtos biológicos tem se tornado cada vez mais comum no agronegócio. Ao longo dos anos, os agricultores estão vendo que os resultados são satisfatórios e rentáveis nas lavouras fazendo com que a busca aumente. No caso de hoje, a eficácia é contra o terror dos produtores de milho, a cigarrinha.

A gente acompanhou demais todas as perdas que a praga causou nas produções, principalmente no Paraná e saber que um produto biológico pode ajudar a acabar com ela, é uma grande notícia.

 

Fomos saber mais detalhes sobre isso direto do Mato Grosso, foi na Biofábrica da fazenda Bom Futuro em Campo Verde que conhecemos um pouco mais sobre essa solução que promete ótimos resultados no combate à cigarrinha.

A Bom Futuro produz os próprios insumos biológicos utilizando nas fazendas nas áreas de agricultura em Mato Grosso. A biofábrica tem capacidade de produção de 800 mil litros de bioinsumos, atualmente fabricando 280 mil litros por safra, entre nematicidas, bioinseticidas, bioestimuladores e ativadores de solo. Além de bioinsumos de produção própria, a empresa também utiliza produtos comprados de terceiros para atender a demanda de parte da área cultivada com soja, milho e algodão.

“A Bom Futuro, ela teve uma boa experiência no controle de cigarrinha do milho, tanto com produtos químicos, mas também com biológico. Por exemplo, o tema de fundo do meu celular é uma cigarrinha embolorada com Beauveria bassiana que é um fungo entomopatogênico muito eficaz e eficiente no controle da cigarrinha. Se bem utilizado e quando eu me refiro a utilizado o horário de aplicação, as condições climáticas sendo favoráveis o fungo ele chega a ter a mesma eficácia que um produto químico, no entanto o residual do fungo que é o mais interessante, por quê? O inseto desse morto que nem está aqui na imagem do meu celular, ele se torna uma biofábrica na lavoura do produtor. Por exemplo, um inseto desse aqui consegue manter mais de três bilhões de conídeos nele, o fungo lança três bilhões de estruturas dele para contaminar outros insetos que estão vivos. Então nisso é onde a gente chama aconteceu uma epizootia induzida por nós que aplicou o produto lá no horário correto, numa dose assertiva e o resultado é a população decair conforme a gente utiliza o produto”, detalha Sávio Santos, gerente da Biofábrica da Bom Futuro.

cigarrinha
Sávio mostrando o plano de fundo com o controle da cigarrinha utilizando o biológico

No caso da Bom Futuro, ela tem sua produção própria, mas o produtor pode buscar no mercado os biológicos para aplicação nas lavouras. Só que em todo esse processo é bem importante que os agricultores entendam que o biológico pode sim ser um aliado na produção agrícola.

“Os produtores nem todos têm condições de ter uma biofábrica dentro de casa como é o caso do grupo Bom Futuro, tem empresas comerciais que vendem por exemplo produtos registrados para controle de cigarrinha. Então o produtor ele tem ferramentas no mercado, só que precisa ser difundida essa ferramenta. Tem que quebrar a barreira da dúvida, por quê? Depois que o produtor, ele adquire esse conhecimento, ele passa a visualizar isso no campo ele se apaixona e o resultado é lucratividade. O químico a gente sabe que tem um custo muito alto e é extremamente importante se ele conseguir reduzir ali uma aplicação do químico por conta de uma aplicação biológica para ele é lucrativo”, explica Sávio.

O biológico não deve substituir o produto químico, mas sim ser um grande parceiro no combate às pragas e doenças que atingem às lavouras brasileiras. Ele veio para conquistar os agricultores e trazer mais  alternativas de manejo que são eficazes e mais rentáveis.

“A hora que a gente pensar em bioinsumos, a gente tem que lembrar que é mais uma opção de ferramenta de manejo. E que o bionsumo ele não pode ser enxergado como o seu uso isolado sem uma referência efetiva de controle. Até mesmo porque o seu meio de ação ele é mais lento, ele é causado por uma endemia, por uma doença
ao patógeno alvo e automaticamente em alguns momentos nós vamos precisar fazer a mão do defensivo químico para fazer efetivamente o controle, mas não podemos desconsiderar o bioinsumo ele é algo importante sim como ferramenta de manejo, ele veio pra ficar, ele é aliado com um bom manejo de pragas junto aos defensivos químicos, ele pode sim fazer uma entrega mais sustentável, mais saudável e mais econômico”, detalha Nahzir Okde Jr., gerente administrativo de parcerias agrícolas da Bom Futuro.

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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