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Sul do Brasil registra primeiro caso de gripe aviária

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Foi confirmado na noite desta segunda-feira (29) o primeiro foco de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) no estado do Rio Grande do Sul, na ave silvestre da espécie Cygnus melancoryphus (nome popular cisne-de-pescoço-preto), encontrada na Estação Ecológica do Taim, sul do Estado. O local já foi interditado para visitação.

Outros dois casos em aves silvestres também foram confirmados: um Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) na Ilha do Governador, na capital do Rio de Janeiro, e um Sterna hirundo (nome popular Trinta-réis-boreal), no município de Piúma no Espírito Santo.

 

Com os casos notificados hoje, sobe para 13 o número de confirmações de casos em aves silvestres no Brasil, sendo nove no estado do Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares, Itapemirim, Serra e Piúma, três casos no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra, Cabo Frio e Ilha do Governador, e um no sul do Rio Grande do Sul.

A doença já foi identificada ao todo em seis espécies: Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo), Thalasseus maximus (trinta-réis-real), Sterna hirundo (Trinta-réis-boreal), Megascops choliba (corujinha-do-mato) e Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto).

É importante lembrar que doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da gripe Aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). Deste modo, pedimos para que a população evite contato com aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário local ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet.

O Mapa segue em alerta e informa que com a intensificação das ações de vigilância é comum e esperado o aumento de notificações sobre mortalidades de aves silvestres em diferentes pontos do litoral do Brasil.

O Brasil continua livre de gripe aviária na criação comercial e mantém seu status de livre de gripe aviária, exportando seus produtos para consumo de forma segura. O consumo de carne e ovos se mantém seguro no país.

EMERGÊNCIA ZOOSSANITÁRIA

Na segunda-feira (22) mostramos aqui no Sou Agro que o Mapa, Ministério da Agricultura e Pecuária, declarou estado de emergência zoossanitária por 180 dias em todo Brasil após casos de gripe aviária. 

Mesmo assim, a exportação não foi afetada, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que esta é uma medida já prevista e amplamente discutida pelo Ministério com o setor produtivo, cujo único propósito é a desburocratização de processos para ganhar maior agilidade nas ações de monitoramento e eventuais necessidades de ações de mitigação.

É uma medida de antecipação, que busca dar celeridade às respostas de ação por meio da integração do Ministério com órgãos estaduais, liberação de recursos, entre outros.

(Com Mapa)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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