AGRICULTURA

Lavouras de trigo e milho apresentam boas condições no Paraná

Emanuely
Emanuely

#sou agro| Nesta semana, a temperatura caiu nas regiões Oeste e Sudoeste do Estado e ocorreram chuvas em várias localidades, o que tem sido favorável para o desenvolvimento das lavouras. A maior parte das lavouras de milho da segunda safra está em fase de floração, e as condições são boas.

O trigo continua sendo semeado na região durante o mês de maio, e mais de 50% da área já foi semeada. As condições de umidade
do solo estão favoráveis para o plantio do trigo, e até o momento não foram relatados maiores problemas, exceto pelas temperaturas amenas desta semana, que podem retardar o ciclo da planta, especialmente do milho, com maior risco para um eventual sinistro de geada.

A queda nos preços das principais commodities, em particular do milho, tem levado alguns produtores a reduzir o investimento nas lavouras. A colheita da soja da segunda safra está começando, mas ainda de forma lenta e com baixa produtividade. A cultura do feijão
apresenta bom desenvolvimento, com a maioria das lavouras em fase reprodutiva.

No entanto, o período frio preocupa e pode afetar as lavouras, embora por enquanto não esteja causando maiores problemas. A colheita do feijão ainda é incipiente, mas deve se intensificar na próxima semana. A produção de silagem de milho está sendo
finalizada, com bom rendimento, e a produção de feno segue em ritmo acelerado. As lavouras de trigo mourisco, com pequena área na região, estão em fase de floração.

lavouras

Sul

As temperaturas caíram na região Sul, havendo locais com temperaturas abaixo de 2ºC. Além disso, não houve registros de chuvas em praticamente toda a região sul na última semana. As atividades agrícolas seguem normais na região, com destaque para a colheita de milho safra normal e feijão 2ª safra, além dos preparativos para o cultivo de trigo, cevada, aveia e azevém, e aplicações de corretivos, principalmente calcário.

De acordo com os técnicos de campo, houve forte incidência de antracnose no feijão. No caso do milho segunda safra, a maioria das
áreas encontra-se em fase reprodutiva, sofrendo um forte ataque de cigarrinha, o que pode comprometer parte da produção dessa cultura. Há relatos de falta de umidade no solo, e parte dos produtores interrompeu ou desacelerou o plantio de trigo, aguardando melhores condições climáticas.

Enquanto isso, o plantio de aveia para cobertura segue normalmente, uma vez que não requer muita tecnologia. O clima atual tem favorecido a colheita de feijão, que deve se intensificar nos próximos dias. Contudo, as produtividades estão variando bastante e devem ficar abaixo das estimativas iniciais devido à falta de chuvas em abril e maio.

Uma boa notícia é que os preços dos insumos agrícolas, como fertilizantes e defensivos agrícolas, têm apresentado uma redução significativa em comparação com os preços desta mesma época do ano passado. Essa redução deve impactar positivamente na implantação da próxima safra (23/24).

Com a colheita da soja encerrada, os produtores estão intensificando a colheita do milho, que apresenta produtividades médias satisfatórias. Contudo, os produtores estão preocupados com a queda nas cotações dos grãos, uma vez que pagaram mais caro pelos
insumos durante o período de plantio e, agora, os preços das commodities estão em queda no pós-colheita.

Na produção de hortaliças, os produtores trabalham na capina, plantio/colheita, seleção, transporte e comercialização de diversas
espécies, como abóbora, alface, brócolis, couve-flor, repolho, entre outras. Na fruticultura, está sendo colhido o caqui fuyu e o mel. Embora alguns municípios tenham produção boa e de ótima qualidade, de maneira geral, a safra está menor devido a muitos problemas com antracnose nos pomares, o que reduziu as colheitas e deixou os frutos com qualidade inferior. A colheita das tangerinas ponkans está atrasada, uma vez que nesta época deveria estar em pleno vapor. As frutas ainda estão verdes nos pomares, têm porte menor e esta safra será pequena comparada com a anterior. Isso se deve ao excesso de chuva e frio na florada, que inibiu a boa polinização e afetou o desenvolvimento dos pomares.

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(Emanuely/Sou Agro)