Bioinsumo da Embrapa para combater estresse hídrico nas plantas será apresentado em feira

Emanuely
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A maior feira de tecnologia agrícola do Norte e Nordeste do Brasil recebe a demonstração do Auras, primeiro produto comercial destinado a diminuir os efeitos causados pelo estresse hídrico nas plantas. Realizada pela Aiba e pelo Instituto Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia), a Bahia Farm Show ocorre de 06 a 10 de junho em Luís Eduardo Magalhães, BA.

O Auras é tecnologia resultante de mais de 12 anos de pesquisa, em parceria da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) com a NOOA Ciência e Tecnologia Agrícola  (Patos de Minas, MG)  e não tem concorrentes registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O bioinsumo é capaz de reduzir os efeitos causados pelas estiagens prolongadas nas plantas, minimizando riscos e expressando o potencial das lavouras.

A tecnologia, desenvolvida pela Embrapa e produzida e distribuída, exclusivamente, pela NOOA é inspirada em plantas de regiões secas que se associam a microrganismos para tolerar o estresse hídrico e foi encontrada nas raízes do mandacaru, cacto bem conhecido no Semiárido. O bioinsumo Auras é feito a partir da bactéria Bacillus aryabhattai, presente nos solos da Caatinga. “Esses microrganismos são capazes de hidratar as raízes e atuam na fisiologia dos vegetais, fazendo com que respondam melhor à escassez de água”, diz o pesquisador Itamar Soares de Melo, líder da pesquisa.

A ideia de pesquisar a mitigação da seca por bactérias benéficas surgiu em 2016, mas começou bem antes quando já eram analisados isolados de actinobactérias capazes de reduzir os efeitos do estresse hídrico em soja, milho e trigo em razão da produção de enzimas, fitormônios, mineralização de nutrientes, solubilização de fosfato e fixação de nitrogênio”, conta Melo.

Ele explica que as bactérias tolerantes à seca, ao colonizar o sistema radicular das plantas sob estresse abiótico, produzem substâncias que hidratam as raízes, chamadas exopolissacarídeos. O Auras estimula a produção de um sistema radicular mais ativo e profundo, com maior volume de radicelas, proporcionando maior absorção de água.

“O aumento de temperatura na planta acima de 30°C já traz efeitos negativos na fotossíntese, o que afeta diretamente a produtividade. Com o bioativo, o aproveitamento da água e sua absorção são maximizados, possibilitando à planta melhor controle da temperatura foliar e, consequentemente, uma redução do estresse térmico, em comparação com as lavouras que não utilizam a solução da NOOA”, acrescenta o diretor técnico da empresa, Carlos Marcelo Soares.

Segundo o diretor, as avaliações de campo comprovam o excelente desempenho do Auras após períodos de estiagem. “O uso da tecnologia permitiu que as plantas inoculadas sentissem o efeito da estiagem dias mais tarde que as plantas sem a tecnologia, contribuindo para o sólido desenvolvimento dos cultivos em que a solução foi aplicada”, salienta.

(Com EMBRAPA)

(Emanuely/Sou Agro)

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