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Acordo para pesquisa e eficiência de fertilizantes é assinado

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Emanuely
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#sou agro| Durante a solenidade de 50 anos, a Embrapa, Universidade da Flórida e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) assinaram um acordo de cooperação para a implementação do projeto “Pesquisa e Eficiência para a Produção de Fertilizantes”. O recurso é da ordem de 4 milhões de dólares.

Entre os temas de pesquisa, o uso da agricultura de precisão, big data e inteligência artificial para com o objetivo de obter uma distribuição mais eficiente dos nutrientes aplicados nas lavouras e no manejo do solo; desenvolvimento e avaliação de novos produtos biológicos para melhorar as funções físicas dos solos; desenvolvimento e avaliação de novas formulações e fontes de fertilizantes para substituir ou diminuir a dependência de fontes tradicionais de NPK, como fertilizantes de maior eficiência e organominerais, e bioestimulantes para o crescimento da raiz; produção de maneiras para usar melhor as fontes de nutrientes existentes, como plantas de cobertura vegetal de leguminosas, usadas como alternativas aos fertilizantes, e desenvolvimento de novas variedades de culturas que usam os nutrientes do solo com mais eficiência.

O documento foi assinado por  Simon Liu, administrador do Agricultural Research Service (ARS), por  Chavonda Jacobs-Young, subsecretária de Pesquisa, Educação e Economia (USDA), por  J. Scott Angle, vice-presidente de Agricultura e Recursos Naturais da Universidade da Flórida, e por Celso Moretti,  presidente da Embrapa.

“Me uno aos meus colegas do USDA para cumprir as Bodas de Ouro da Embrapa, 50 anos a serviço do povo do Brasil! Isso é um grande feito: são registros impressionantes de desenvolvimento da alimentação, da acessibilidade de controles médicos e do uso de novas maneiras de investir em boas práticas com excelência em pesquisa e desenvolvimento agrícola”, disse a subsecretária norte-americana Chavonda Jacobs. “A celebração desse aniversário é uma oportunidade para oficializar uma parceria valiosa e produtiva entre USDA e Embrapa”.

Segundo o presidente da Embrapa, Celso Moretti, cooperações como essa que a empresa estabelece agora são passos em direção às frentes de atuação em prol da otimização do uso de fertilizantes e investimento em novas tecnologias. “Precisamos avançar de forma nessa área consistente para que seja possível reduzir em até 25% a necessidade de importação”, comenta, lembrando que o Brasil importa 85% dos fertilizantes que consomem na agricultura, principalmente nas cadeias produtivas da soja, milho e cana de açúcar. O Pais é o quarto maior consumidor de fertilizantes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da Índia e da China.

“Temos a ciência como principal ferramenta para reverter o quadro e caminhar em outra direção mais sustentável e produtiva. O desenvolvimento de tecnologias e inovação vai permitir que a dependência da importação diminua. Parcerias e intercâmbio de conhecimento e experiência com pesquisador de excelência são o caminho “, conclui.

Articulação estratégica

As negociações até a efetivação do acordo entre Embrapa, USDA e o Instituto de Ciências Agrícolas e Alimentares da Universidade da Flórida (UF/IFAS) aguardaram em abril de 2022, com a formação de um grupo de trabalho para tratar de uma colaboração internacional de pesquisa para melhorar o uso eficiente de fertilizantes e nutrientes nos sistemas de produção agropecuária. O principal objetivo da iniciativa era reduzir a dependência de fertilizantes, aumentar o manejo sustentável de nutrientes, fortalecer a segurança alimentar global e facilitar a agricultura inteligente para combater o aquecimento global.

A coordenação das consequências ficou a cargo de  Alexandre Varella,coordenador do Labex EUA, com o apoio da Superintendência de Relações Internacionais (SRI), da Gerência de Cooperação de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) e da Supervisão de Cooperação Internacional. A partir daí, houve a formação de um comitê com representantes das instituições, composto pelo coordenador do Labex, o Conselheiro de Agricultura na Embaixada dos EUA, em Brasília, Michael Conlon; o diretor Assistência ao Desenvolvimento, USDA-Foreign Agricultural Service, Ney Luke; o gerente de Programas, USDA, Khalil Hamid; a especialista em Agricultura, USDA, Embaixada dos EUA em Brasília, Marcela Formiga; a assistente da Universidade da Flórida-US-IFAS, Benita Bannis; o líder do Programa Nacional de Terra e Ar, ARS-USDA, Peter Vadas; o especialista em Assuntos Internacionais, ARS-USDA, Ryan Moore; e o pró-reitor de Pesquisa, UF-IFAS,

“Para a definição de prioridades da Embrapa neste tema de colaboração e para o desenvolvimento dos projetos, tivemos a participação dos gestores e investigadores dos Portfólios Automação, Agricultura de Precisão e Digital; Insumos Biológicos; Nutrientes para a Agricultura e investigadores líderes no tema de sistemas em agricultura”, conta o coordenador do Labex EUA, Alexandre Varella.

Ele lembra que, neste período, foram realizadas videoconferências periódicas, além de duas reuniões técnicas virtuais e uma híbrida na Universidade da Flórida, com todos os pesquisadores e organizadores, para o desenvolvimento dos projetos de pesquisa inovadores em tecnologia de fertilizantes e uso de nutrientes. “Esses projetos visam melhorar a eficiência dos fertilizantes e a segurança alimentar global e facilitar a agricultura inteligente para combater o aquecimento global”, explica.

De acordo com Varella, atualmente, existem quatro propostas de pesquisa, envolvendo 63 pesquisadores e organizadores de todas as instituições. “As propostas de pesquisa estão finalizadas e foram aprimoradas em comparação”, explica. São eles: gerenciamento de precisão, big data e inteligência artificial (tecnologias existentes e emergentes que permitem aos agricultores obter uma distribuição mais eficiente dos nutrientes que aplicam nas lavouras e no manejo do solo, ajudam as ferramentas de fertilizantes para a produção e ajudam a perda para o meio ambiente); Produtos biológicos, biológicos do solo, saúde do solo (desenvolvimento e avaliação de novos produtos biológicos para serem aplicados aos campos e estimulados de como melhorar as funções físicas e biológicas do solo, para aumentar a disponibilidade de nutrientes do solo para as culturas e reduzir a necessidade de fertilizantes químicos); novos produtos, incluindo fertilizantes e bioestimulantes (desenvolvimento e avaliação de novas formulações e fontes de fertilizantes para substituir ou diminuir a dependência de fontes tradicionais de NPK e bioestimulantes para o crescimento da raiz, como urease e inibidores de nitrificação, para aumentar eficiência no uso de fertilizantes, reduzindo a necessidade de fertilizantes e reduzindo as perdas para o meio ambiente); uso mais eficiente das fontes de nutrientes existentes (determinação de maneiras para usar melhor as fontes de nutrientes existentes, como plantas de cobertura vegetal de leguminosas, usadas como alternativas aos fertilizantes,

Sobre financiamento, Varella diz que a negociação dos recursos para os projetos é para o aporte integral pelo governo americano. A Embrapa, a UF/IFAS e o ARS-USDA entrarão com participação financeira “in kind”. “O valor que será disponibilizado para as atividades de responsabilidade da Embrapa varia em cada projeto”, afirma. 

“O apoio e interesse do governo e das instituições científicas americanas têm sido significativos”, diz ele, ressaltando que isso se percebe pelo entusiasmo nas reuniões e encontros realizados entre as partes e nas confirmações de presenças de autoridades do governo e das instituições parceiras desta colaboração no aniversario da Embrapa.

(Com EMBRAPA)

(Emanuely/Sou Agro)