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Ministro de Lula crítica MST e defende armamento de fazendeiros

Emanuely
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#sou agro|  O ministro da Agricultura do governo Lula, Carlos Fávaro, afirmou nesta última terça-feira (4) que o homem do campo tem o direito de ter “uma ou duas armas’ para se defender da criminalidade. “É legítimo o homem do campo ter uma ou duas armas lá para fazer a primeira defesa, um pouco de munição.  Porque, lógico, ele está a 50, 100 quilômetros da cidade. Se ele ligar para a polícia, dá tempo do bandido barbarizar, fazer o que quiser dentro da propriedade, roubar, bater, espancar e não chegou a polícia ainda’, pontuou Fávaro.

“Se a criminalidade tiver a certeza que lá no campo não tem nenhuma arma, a vulnerabilidade é certa e o risco do homem do campo é iminente. E o presidente também pensa assim’, complementou.

O ministro observou, entretanto, que “não faz sentido’ haver “100 armas’ na propriedade, como fuzis de assalto, pedindo equilíbrio. “O homem do campo vai continuar tendo o direito de ter uma arma, duas, um pouco de munição. Mais do que isso é exagero’, comentou.

Em uma coletiva de imprensa realizada em Brasília, Fávaro afirmou que o programa de apoio à reforma agrária, implementado durante o governo do presidente Lula, tem as portas abertas, e que a invasão de terra produtiva não é necessária, já que há leis que proíbem essas ações.

“Terra invadida não é passível de reforma agrária. Tem lei. A Justiça manda fazer a reintegração, o Estado cumpre e acabou”, disse o ministro, ressaltando que as invasões não são a solução para a questão agrária. Ele também elogiou o trabalho do MST em cooperativas no Paraná e destacou que o governo tem as portas abertas para dialogar.

Ainda na coletiva, Fávaro afirmou que a gestão do presidente Lula tem as portas abertas para dialogar com o MST, mas que não aceita invasão de propriedade privada. “O programa de apoio à reforma agrária, no governo do presidente Lula, tem as portas abertas. Não se faz necessário através de movimentos radicais, através de invasão de terra produtiva. Até porque tem lei que proíbe isso’, disse ele.

Na terça-feira, 250 integrantes do MST ocuparam 800 hectares de três engenhos no município de Timbaúba, em Pernambuco. Segundo o MST, a ocupação se deu porque a terra em questão não estaria cumprindo sua “função social, que é produzir alimentos para a sociedade”. Invasões de terra na gestão Lula já superam 1° ano de Bolsonaro

As invasões de terras durante os primeiros três meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva já superam o total de ocupações durante todo o primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL). Desde 1º de janeiro deste ano, foram 16 ocupações, sendo sete do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e nove da FNL (Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade). Durante os 12 meses do ano de 2019, foram 11 ocupações de terra, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Há um clima de desconfiança do setor do agronegócio sobre a garantia de segurança jurídica no campo. As invasões neste início de governo contrariam o discurso do presidente na campanha. O petista chegou a dizer no ano passado que o MST não ocupava propriedades produtivas.

(Com agências)

 

(Emanuely/Sou Agro)

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