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Especialistas discutem avanços e perspectivas de produção dos grãos no Brasil

Emanuely
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#sou agro| Dois eventos e uma temática: os grãos foram os protagonistas do “International Summit 2023: Potencial e Oportunidades em Pulses e Colheitas Especiais”, realizado nos dias 30 e 31 de março em Foz do Iguaçu (PR), e da live “Cultivo de feijões especiais e pulsos: da ciência à prática”, que reuniu representantes do setor no dia 12 de abril último para discutir os avanços e perspectivas em termos de produção e consumo das leguminosas.

A Embrapa Hortaliças marcou presença nos dois eventos, ao apresentar os materiais apresentados pela pesquisa e que já estão no mercado, assim como entregas futuros próximos. O pesquisador Warley Nascimento, que coordenou o programa de melhoramento de leguminosas, caminhou por diferentes abordagens sobre os trabalhos incluídos com ervilha, lentilha, e grão-de-bico, a partir das perspectivas do crescimento da produção, com vistas a reduzir os volumes de importação e, por consequência, aumentar a oferta para o consumidor, que ganharia em duas frentes – maior acesso a esses alimentos e preços mais baixos. Papel que as novas cultivares prometem cumprir.

Em sua explicação, o pesquisador apontou como destaque a versatilidade desses grãos, a começar pela ervilha que além de grãos verdes e secos para consumo, conta com uma nova cultivar desenvolvida pela Embrapa Hortaliças em parceria com a Embrapa Trigo (Passo Fundo-RS). “A BRS Sulina já está no mercado e apresenta oferecida para ser utilizada na adubação verde, cobertura de solo e rotação de cultura, esteve na qualidade físico-química do solo, e servindo também para alimentação animal”, anota a pesquisadora. (BRS Sulina: cultivar de ervilha é teste com sucesso para adubação verde e cobertura de solo – Portal Embrapa).

Com relação à lentilha, o mercado brasileiro é suprido, quase em sua totalidade, pela importação, principalmente do Canadá, maior exportador mundial, um cenário que “a tecnologia e a genética desenvolvida pela pesquisa acenam com mudanças”. “Estamos investindo esforços na pesquisa de melhoramento genético para disponibilizar cultivares de tom rosa avermelhada, um nicho importante de mercado”, adianta Nascimento.

Na área do grão-de-bico, a novidade é uma nova cultivar desenvolvida para o mercado externo, tendo em vista que internamente o Brasil contém diversas cultivares do tipo Kabuli, que mantém a preferência do consumidor nacional. Com lançamento previsto para ocorrer no segundo semestre de 2023, a cultivar BRS Hari é voltada para o mercado externo por suas características que agradam ao mercado internacional: do tipo Desi, que apresenta um grão menor com várias gradações de núcleos, do preto ao marrom.

“Trata-se de mais uma opção para o produtor que contará com um material do tipo exportação, permitindo com isso ampliar os seus horizontes ao atuar no mercado externo”, sublinhou o pesquisador, que apontou as interlocuções que vêm sendo mantidas com o MAPA, por meio da Cadeia Produtiva do Feijão e Pulses e com o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), para uma atuação junto a instâncias internacionais para abertura de mercados, principalmente com os da Índia e China.

PARTICIPANTES

Além do chefe-geral da Embrapa Hortaliças, uma reunião virtual onde as pulsos foram o tema das explicações contornadas com a participação de Ronaldo Trecenti, consultor em Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, e coordenador do evento; Leomar Cenci, produtor rural e presidente da Cooperativa Agropecuária do Distrito Federal – Coopa/DF; José Guilherme Brenner, presidente da Coopa-DF e da AgroBrasília; Marcelo Eduardo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro de Feijão e Leguminosas (Ibrafe); Afrânio Magliari, presidente da Câmara Setorial de Feijão e Pulses do MAPA; e Leandro Lodec, produtor rural e secretário da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes do Mato Grosso (Aprofir).

PORTFÓLIO

O Programa de Desenvolvimento de Cultivares de Pulses na Embrapa Hortaliças vem fortalecendo os trabalhos de pesquisa no sentido de oferecer novas alternativas à cadeia produtiva, com uma maior diversificação de plantios a partir da identificação de demandas.

Esse fortalecimento tem sido fornecido à cadeia produtiva soluções tecnológicas já construídas ao mercado, a exemplo das cultivares de ervilha Mikado, BRS Axé e BRS Sulina (verde, seca e forrageira, respectivamente); de lentilha BRS Silvina (grãos secos) e de grão-de-bico BRS Cícero, BRS Aleppo, BRS Cristalino, BRS Toro e BRS Kalifa.

(Com EMBRAPA)

(Emanuely/Sou Agro)

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