SUÍNOS
Custos de produção de carne de porco nas alturas: quem paga essa conta?
Deu pra perceber, enquanto consumidor final, que a carne de porco está mais cara no mercado, não é mesmo? E isso é reflexo do aumento de custo de produção de toda uma cadeia, que precisou absorver esse aumento, desde os materiais da embalagem, até insumos, alimentação, entre outros.
Em entrevista ao Portal Sou Agro, o superintendente da Frimesa Marcelo Cerino falou sobre esse e outros assuntos.
Todos os custos da indústria da carne de porco aumentaram e por isso o preço ao consumidor final também. "É uma cadeia. Além do aumento do preço da própria alimentação do animal, soja e milho, todo custo como embalagens, insumos, equipamentos, aumentou muito. E o preço da carne de porco é reflexo deste todo. Em 2023 não tivemos um indicador de aumento ainda, mas em 2022 sim. Imaginávamos que depois da pandemia, que teve um aumento de custos por falta de produto, conseguiríamos recuperar isso. Mas não aconteceu. Se o preço diminuiu, foi em torno de 10% apenas. E isso não volta mais, por que todos precisaram absorver os custos", lamenta.
Ele fala também sobre os materiais que são exportados da Frimesa. "95% das nossas exportações são carne suína congelada para o mercado asiático. E por isso, basicamente, não precisamos usar outros portos. Temos uma restrição de mercado na carne suína por que alguns países no oriente médio, por exemplo, não consomem este tipo de carne por conta da religião. Então nosso mercado externo é um pouco mais limitado, mas isso também me permite trabalhar com antecedência. Tanto que não sentimos reflexo de aumento de demanda por conta do embargo da exportação da carne bovina, devido ao caso de
vaca louca. Foi apenas um mês de embargo e costumamos fazer as vendas com antecedência", complementa.
Sobre os bloqueios nas rodovias
Em meados de março, emrazão dos níveis pluviométricos na região da serra na BR-376, a rodovia foi interditada no dois sentidos – Paraná e Santa Catarina – para segurança dos usuários da rodovia. Os pontos de interdição ocorreram no km 648 da BR-376, em Guaratuba e no km 01 da BR-101, na praça de pedágio em Garuva (SC).A BR-376 é a principal estrada que liga Santa Catarina ao Paraná e com isso a situação ficou ainda pior para escoamento da safra, o que já estava ruim por conta do bloqueio parcial da BR-277 no litoral do estado.
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