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Projeto busca reduzir em até 30% o consumo de água na irrigação das hortaliças

Emanuely
Emanuely
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#sou agro| Projeto ambiental busca reduzir em até 30% o consumo de água na irrigação das hortaliças. O uso excessivo, os fenômenos climáticos e a poluição têm colocado em risco a oferta de água de qualidade tanto para as populações urbanas quanto para os moradores das áreas rurais.

A microbacia do rio Miringuava, na Região Metropolitana de Curitiba, é um exemplo da atuação do Estado para incentivar práticas agrícolas preservacionistas.

A bacia é uma das principais produtoras de hortaliças da região e de todo o Paraná. No ano passado, foi responsável pela produção de 42 mil toneladas de hortaliças, movimentando mais de R$ 116 milhões nas unidades da Ceasa. Apesar de ter apenas 0,5% da área do Estado, com pouco mais de 116 mil hectares, a região foi responsável por 9% de toda a produção de hortaliças.

Os produtores da região praticam uma agricultura intensiva, com revolvimento excessivo do solo, construção de canteiros no sentido da declividade dos terrenos, alto uso de adubos solúveis e baixa utilização de tecnologia para manejo de irrigação. Tais práticas ocasionam a deposição de sedimentos nos corpos hídricos, diminuindo a qualidade da água na região.

Diante deste cenário, o IDR-Paraná tem elaborado, junto com Sanepar, Fundação Grupo Boticário e Prefeitura de São José dos Pinhais, um projeto para melhorar o manejo de solo e água. Com o projeto, será possível reduzir em até 30% o consumo de água na irrigação, tornando os cultivos mais eficientes.

No fim de 2022 foi feito um projeto com base em análise de solos coletadas em diferentes sistemas de produção. Segundo Tiago Hachmann, engenheiro agrônomo do IDR-Paraná, foram avaliados aspectos físicos, químicos e biológicos de diferentes áreas para que os pesquisadores pudessem apontar as melhores alternativas de manejo do solo. Um grupo de pesquisadores já fez as coletas nas propriedades para conhecer as principais práticas agrícolas executadas e trocar experiência com os agricultores.

Os pesquisadores e extensionistas vão levar alternativas para o manejo conservacionista do solo e da água na região. As ações apontam principalmente para a diminuição da perda por erosão. Além disso, os pesquisadores querem melhorar a infiltração de água no solo e aumentar a fertilidade química, física e biológica das áreas. “Como reflexo disso, espera-se uma melhoria na qualidade da água captada no Rio Miringuava pela Sanepar”, afirmou.

Na semana passada, pesquisadores da área de climatologia e irrigação do IDR-Paraná fizeram um reconhecimento da região. Na oportunidade, eles se reuniram com professores e pesquisadores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) para criar um sistema inteligente de manejo, capaz de realizar uma irrigação mais eficiente, reduzindo o uso de energia e água nas lavouras. Os pesquisadores também aproveitaram a oportunidade para visitar alguns proprietários e identificar as dificuldades que eles enfrentam com o manejo da irrigação.

“A participação dos pesquisadores no processo de proposição de alternativas de manejo de solo e água é fundamental para a promoção das melhorias necessárias na bacia. Eles têm um profundo conhecimento a respeito. O intercâmbio de informações entre pesquisadores, extensionistas e agricultores permitirá que as técnicas sejam adaptadas à realidade local. Com essas ações, certamente será possível melhorar a quantidade e qualidade da água captada na região”, concluiu.

Nas próximas semanas os extensionistas do IDR-Paraná devem concluir o diagnóstico da bacia e vão apresentar um plano de manejo, indicando as principais alternativas para o adequado manejo dos solos e da água na bacia do rio Miringuava.

PROJETO NASCENTES

Outra ação desenvolvida em todo o Estado pelo IDR-Paraná é a proteção de nascentes. Os extensionistas visitam propriedades, avaliam as condições das fontes que abastecem as famílias e fazem a sua proteção. Para isso, usam a técnica do solo cimento, pedras e terra do local, um pouco de cimento e canos. Com essa proteção a fonte fica inacessível para animais, livrando a água da contaminação.

Também é feita a recomposição da vegetação ao redor da nascente. Esse trabalho tem se mostrado valioso para as famílias rurais. Mesmo em anos de estiagem, muitas nascentes protegidas mantêm alguma produção de água. Mais de quatro mil fontes já foram protegidas no Estado, beneficiando inúmeras famílias. Além de terem água de qualidade em suas residências, esses produtores ainda preservam as nascentes das suas comunidades.

(Com AEN)

(Emanuely/Sou Agro)

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