AGRICULTURA
Falta de chuva já começa preocupar produtores de milho safrinha no Paraná
A falta de chuva já começa preocupar produtores de milho safrinha no Paraná. Depois do problema com colheita da soja por conta do excesso de água, agora é o milho safrinha que enfrenta as questões climáticas.
Sim, o produtor rural não tem um minuto de paz. Agora, com milho no campo, chega a um ponto que começa preocupar e a previsão para as próximas duas semanas é de que o tempo continueseco.
“Estamos com todas as áreas plantadas na região de Marechal Cândido Rondon, 10% na fase de floração e o restante na fase de desenvolvimento vegetativo. Estamos apreensivos pela falta de chuva por que as plantas estão indo para uma fase que precisa de bom volume de água disponível. Praticamente não choveu nos últimos dias e agora o produtor começa a se preocupar. As previsões não são muito boas, mas esperamos que a chuva venha para trazer alento ao agricultor que plantou o milho safrinha”, afirmou Edio Chapla, presidente do Sindicato Rural de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná.
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Nossa equipe foi procurar saber sobre o tempo e, segundo o agrometeorologista Reginaldo Ferreira, realmente a chuva deve ficar abaixo da média nos próximos dias. “Existe, ainda, uma possibilidade de frente fria e queda de temperatura nas regiões mais altas, com previsão de um pouco de geada em regiões mais altas, como Palmas, por exemplo”, lamentou.
Com o calor intenso, o milho gasta mais energia para respirar à noite. “A produção do milho responde à temperatura. Com calor, o ciclo do milho se completa num período mais curto e isso afeta a produção”, alertou Reginaldo.
Para o milho, o interessante é ter noites mais frias e um pouco de umidade neste período. E o problema não está só no clima. O produtor precisou driblar, também, pragas como o percevejo barriga verde, sobre o qual já falamos aqui no Sou Agro. “Tivemos vários problemas, incidência bastante alta. Com relação à cigarrinha, estamos numa situação bem controlada graças às parcerias com outros órgãos e o monitoramento intenso das lavouras”, ressaltou Edio.