Foto: Envato

“Vaca louca”: Mapa confirma investigação de caso suspeito no Brasil

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informa que há um caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina (Mal da “vaca louca”) e que todas as medidas estão sendo adotadas pelos governos.

A publicação feita nesta tarde de segunda-feira (20) pelo Mapa, não dá detalhes do local onde o caso é investigado, mas a informação é que trata-se de uma situação em um animal encontrado em uma fazenda no Pará. A suspeita já foi submetida a análise laboratorial para a confirmação ou não e, a partir do resultado, serão aplicadas imediatamente as ações cabíveis.

Se o caso se confirmar, as exportações de carne bovina para a China podem ser suspensas. É que os dois países tem um protocolo sanitário assinado em 2015, onde o Brasil deve promover um auto embargo e comunicar imediatamente as autoridades chinesas.

A última vez que isso aconteceu foi em 2021. Na época as exportações ficaram suspensas por quase quatro meses, período em que o preço médio da exportação baixou em quase 20%. Outra situação foi em 2019, quando um caso atípico foi confirmado, mas a suspensão durou 13 dias.

VACA LOUCA

A doença da vaca louca ou encefalopatia espongiforme bovina é uma doença degenerativa que ataca o sistema nervoso central de animais bovinos. Trata-se de uma doença transmissível e se destaca por apresentar um longo período de incubação, o qual dura, em média, cinco anos. Até o momento, não existe tratamento nem vacinas para essa doença.

A doença da vaca louca foi descrita pela primeira vez no ano de 1986, no Reino Unido. Na ocasião, a doença provocou um dos maiores surtos epidêmicos de uma doença que afeta animais naquele país, sendo responsável pela morte de 180.000 animais.

A doença da vaca louca é provocada por príon. Os príons, diferentemente do que muitas pessoas pensam, não são seres vivos, podendo ser definidos como partículas proteicas infecciosas.

De acordo com a cartilha sobre encefalopatia espongiforme bovina divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a teoria mais aceita para explicar a doença da vaca louca é a de que tal príon é derivado de uma proteína normal da membrana celular sensível à protease (PrPc), que ocorre na maioria das células e predominantemente no sistema nervoso central.

Ainda de acordo com a cartilha, essa proteína normal sofre uma transformação, dando origem à forma anormal (PrP), a qual se replica e acumula nas células do sistema nervoso central, provocando a doença.

(Com Mapa)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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