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PISCICULTURA

Superbactéria KPC no Brasil: produção nacional de tilápia está fora de risco

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Débora Damasceno
Débora Damasceno
#souagro| Após cientistas do Centro de Aquicultura da Unesp (Caunesp) identificarem a bactéria Klebsiella pneumoniae em pesquisas na área de piscicultura no Brasil, a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) realizou uma pesquisa e afirmou que a bactéria não oferece risco para a tilápia produzida no Brasil. A Klebsiella pneumoniae trata-se de uma bactéria descoberta no início dos anos 2000 e que é resistente a boa parte dos antibióticos conhecidos pelos médicos até o momento. Uma vez que esteja presente no organismo de pacientes, a KPC pode ser bastante danosa, desencadeando graves infecções, como a meningite e a pneumonia, por exemplo.   Na época, a descoberta em tilápia foi preocupante, pois essa espécie bacteriana é muito associada a infecções em humanos. A bactéria pode ser encontrada em fezes, na água, no solo, em vegetais, cereais e frutas. Quando entra no organismo é capaz de produzir infecções graves, como pneumonia ou meningite. A Associação Brasileira da Piscicultura, acrescenta que as indústrias de produtos para saúde animal associadas fazem um excelente e minucioso trabalho de vigilância sanitária de patógenos nos projetos de produção de peixes de cultivo de todas as regiões brasileiras e nunca identificaram a K. pneumoniae. A entidade tranquiliza a cadeia produtiva e os consumidores, ressaltando que as práticas de biosseguridade utilizadas na piscicultura brasileira possibilitam identificar eventuais patógenos prematuramente, principalmente na tilápia, agindo proativamente para evitar sua proliferação. Como acontece a infecção? A infecção por Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) acontece em ambiente hospitalar, sendo mais frequente em crianças, idosos ou pessoas com sistema imunológico debilitado e que permanecem muito tempo internado no hospital, tomam injeções diretamente na veia por muito tempo, estão ligados a aparelhos para respirar ou fazem muitos tratamentos com antibióticos. Tem cura? Sim, porém  esta pode ser difícil de alcançar pois existem poucos antibióticos capazes de destruir este microrganismo. Assim, devido a sua multirresistência, é importante que sejam adotadas medidas preventivas no hospital e que precisam ser adotadas tanto pelos profissionais de saúde quanto pelos visitantes. Sintomas de infecção por KPC
  • Febre acima de 39ºC,
  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Dificuldade para respirar;
  • Pneumonia;
  • Infecção urinária, principalmente na gravidez.
  • Pressão baixa
  • Inchaço generalizado
Como é feito o diagnóstico É feito através da realização do antibiograma, que é normalmente solicitado após ter sido confirmada a infecção por Klebsiella pneumoniae. Por meio do antibiograma, é possível saber a que antibióticos a bactéria é sensível e resistente. (Com Peixebr e tuasaude)

(Débora Damasceno/Sou Agro)