Foto: Assessoria C.Vale
AGRICULTURA

Por conta da chuva, aviação agrícola tem sido alternativa para produtores no combate às pragas

Foto: Assessoria C.Vale
Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

Por conta da chuva, aviação agrícola tem sido alternativa para produtores no combate às pragas. Com excesso de água não tem outro jeito de entrar no campo para aplicação de defensivo agrícola a não ser pelo céu. E quem faz esse tipo de serviço tem notado o aumento do uso dessa alternativa por conta da chuvarada que está caindo sem parar aqui no Oeste do Paraná.

A nossa equipe conversou com pessoal da C.Vale, que tem sede em Palotina e atua em diversos municípios da região. E de forma bem responsável todo um acompanhamento é feito com os produtores associados para saber da necessidade ou não dessa aplicação.

Na área da C.Vale já não tem mais soja, foi toda colhida praticamente. Só que o milho recém plantado está sofrendo com essa umidade toda e com a praga do percevejo, que nós já mostramos aqui no Sou Agro. “O trabalho começa com a visita de um agrônomo na propriedade. E aí ele faz uma avaliação e verifica se tem necessidade de um controle específico de pragas e doenças. Depois disso, vai ver o produto que tem registro para essa cultura e para a praga que vai ser controlada. Depois, verifica se tem registro para uso com aviação agrícola. E aí sim é solicitado o trabalho, que é feito pela própria C.Vale que tem aviões próprios para isso”,  explica Pedro Gambarro, que é encarregado técnico do setor de aviação da cooperativa.

Com o solo encharcado, as máquinas não conseguem entrar na lavoura e por conta disso a alternativa da aviação é utilizada. “Existe o risco de ficar atolado no meio da lavoura e ainda fazer a disseminação de pragas, além de prejudicar o solo neste período com a compactação, por conta da umidade. Percebemos um aumento significativo na busca por essa alternativa por conta disso”, ressalta.

O grande problema tem sido que, apesar de auxiliar, com a chuva intensa mesmo o que é aplicado por meio de aviões é perdido. É que o percevejo, por exemplo, tem uma migração bem rápida. Se o defensivo é aplicado num dia e no outro chove, aquilo se perde. “É uma dificuldade que nós temos por que essa praga se alinha novamente de forma muito rápida, embora a aviação tenha sido muito procurada nos últimos dias para amenizar isso”, enfatiza o Gambarro.

Com C.VALE

 

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)