POLÍTICA
“O agronegócio maldoso, possivelmente também estava lá”, disse Lula sobre protestos em Brasília
#souagro| Neste domingo atos de manifestação tomaram conta da Praça dos Três Poderes, depois disso, Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), anunciou a publicação de um decreto que prevê a intervenção na segurança pública do governo do Distrito Federal (GDF): “Essa intervenção está limitada à área de segurança pública, com o objetivo de conter o grave comprometimento da ordem pública no DF, marcado pela violência contra prédios públicos”, disse. A duração do decreto é até 31 de janeiro de 2023.
Ainda durante o discurso, o atual chefe do executivo, citou o agronegócio enquanto criticava às mobilizações de Brasília: “O agronegócio maldoso, sabe? Aquele agronegócio que usa agrotóxicos, sem nenhum respeito para a saúde humana, possivelmente também estava lá”, disse.
Lula criticou Jair Bolsonaro e atribuiu a ele o estímulo às manifestações: “Esse genocida não só provocou isso, não só estimulou isso como, quem sabe, está estimulando ainda pelas redes sociais que a gente está sabendo lá de Miami, onde ele foi descansar. Na verdade, ele fugiu para não me colocar a faixa”, disse.
Jair Bolsonaro, se manifestou na rede social sobre às manifestações, ele repudiou tudo que foge daquilo que é pacífico: “Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra”, disse.
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Bolsonaro também se defendeu e criticou Lula por acusações feitas a ele: “Ao longo do meu mandato, sempre estive dentro das quatro linhas da Constituição respeitando e defendendo as leis, a democracia, a transparência e a nossa sagrada liberdade. No mais, repudio as acusações, sem provas, a mim atribuídas por parte do atual chefe do executivo do Brasil”, finaliza na publicação.
O QUE ACONTECE AGORA?
Durante a fala de Lula, ele também afirmou que houve problemas na segurança e que os responsáveis serão punidos: “Achamos que houve falta de segurança. Queria dizer para vocês que todas as pessoas que fizeram isso serão encontradas e punidas. Eles vão perceber que a democracia garante o direito de liberdade, de livre comunicação e expressão, mas vão exigir que as pessoas respeitem as instituições criadas para fortalecer a democracia”, declarou.
A intervenção em Brasília será comandada pelo secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, subordinado diretamente à Presidência da República. “O interventor poderá requisitar recursos financeiros, tecnológicos, estruturais necessários a quaisquer órgãos”, acrescentou Lula. Segundo o decreto, leis que não tiverem relação com segurança pública permanecem sob responsabilidade do governo local.
De acordo com informações do ministério, Cappelli é jornalista, especialista em administração pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e atua, há 22 anos, na administração pública. Ele já foi secretário municipal, secretário estadual e secretário nacional em áreas diversas no estado do Maranhão.
A Polícia Militar do Distrito Federal informou que todas ações da PMDF têm, por base, orientações que são determinadas pelas autoridades de segurança do Governo do Distrito Federal, e responsabilizou eventuais falhas de planejamento nas ações de proteção à Praça dos Três Poderes à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
(Com Agência Brasil)