AGRICULTURA
Empresas buscam reduzir impactos climáticos com produção de energia limpa e renovável
Cada vez mais empresas buscam reduzir impactos climáticos com produção de energia limpa e renovável. Operações voltadas à produção e ao consumo sustentáveis são destaques dos financiamentos feitos pelo BRDE (Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul).
Em 2022, o Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) assumiu o compromisso em ampliar o financiamento de projetos que aderem aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
A meta foi alcançada já no segundo semestre do ano passado, quando o banco atingiu quase 80% de aderência aos ODS em suas contratações. O destaque são para as operações voltadas à produção e consumo sustentáveis, redução de impactos climáticos e geração de energias limpas e renováveis.
A criação de suínos e bovinos produz estercos que são jogados em uma lagoa de decantação. A parte mais pesada do dejeto desce e cria uma espécie de lodo. Em cima, surge um caldo de matéria orgânica. A fermentação da matéria orgânica decantada gera gases de efeito estufa que, se lançadas para a atmosfera, prejudicam o meio ambiente. O projeto do biodigestor consiste em bloquear a passagem desse ar por meio de uma superfície na qual é instalado um condutor desse gás inflamável para um gerador movido a gás biometano e, assim, gerar energia elétrica. Além disso, os resíduos orgânicos são utilizados como fertilizantes na produção agrícola.
“Com isso, nosso objetivo é neutralizar de 70% a 80% as contas de energia com produção própria e, junto, aproveitar o resíduo do biodigestor para levar essa concentração de nutrientes para as lavouras mais distantes que não conseguíamos atingir anteriormente e usar as compotas orgânicas como fertilizantes nas áreas de pastagem", afirmou Fábio.
O crédito
O projeto foi aprovado pelo BRDE no final de 2022 e está em fase de construção. O agricultor, que está otimista com a conquista, considera que o apoio do banco foi fundamental para resolver as questões energéticas e ambientais da propriedade. “Essa possibilidade de ter prazo compatível e taxa de juros equalizada para geração de energia limpa foi essencial para conseguirmos atingir nossas expectativas”, acrescentou.
“A pulverização de recursos permitiu que médios, pequenos empreendedores pudessem investir em mais projetos, com a redução dos valores contratados e assim, alavancando não só a economia do Paraná, mas como de todo o Sul, onde o BRDE se consolida no seu papel de desenvolvimento social e econômico da região”, disse o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski.
Com
AEN
- Mapa encontra falhas no sistema de rastreio de orgânicos
- Roubo de gado está na mira da Patrulha Rural no Paraná