Foto: Itaipu Binacional

Depois de 15 meses fechada por conta da crise hídrica, usina de Itaipu abre comportas

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: Itaipu Binacional
#souagro| Se tem algo que o produtor rural sentiu foi a crise hídrica dos últimos anos e isso é claro refletiu diretamente na produção de energia e nas hidrelétricas do Brasil. Mas agora o cenário está mudando. Em Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná, por exemplo, a Usina de Itaipu abriu as comportas depois de 15 meses sem fazer isso.
Com a abertura mínima das comportas da calha esquerda estão sendo vertidas 1.400 m³ de água por segundo, o equivalente à vazão média das Cataratas do Iguaçu. A operação iniciou às 6h do último sábado (14) e a previsão é que o vertedouro opere pelos próximos dez dias.
A medida foi necessária para dar segurança à barragem da Itaipu, devido ao aumento do nível do reservatório causado pelas chuvas acima da média ao longo do mês de janeiro. Em muitas bacias, planos de controle de cheias e vertimento já estão sendo acionados, como o que vem acontecendo nas usinas do Rio Madeira, no complexo Belo Monte, e nas bacias do Rio São Francisco e do Rio do Grande.
“Depois da crise hídrica que vivemos em 2020 e 2021, tivemos, ao longo de 2022, uma recuperação significativa dos reservatórios da Região Sudeste, que fica acima do reservatório da Itaipu”, explica o gerente do Departamento de Operação do Sistema, Rodrigo Pimenta. “Toda esta água está chegando aqui na usina hidrelétrica de Itaipu.”
De acordo com ele, como não há demanda energética no Brasil e no Paraguai, a água não é utilizada para produzir energia e, por isso, é vertida. No sábado, estavam em funcionamento quinze unidades geradoras e quatro estavam disponíveis para entrar no sistema assim que necessário. Uma estava parada para manutenção.
OUTRAS USINAS

Já as comportas das usinas do Rio Madeira, no Complexo Belo Monte, e das Bacias do Rio São Francisco foram abertas durante a semana. Para os próximos dias é esperado o início do vertimento na Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará.

A medida excepcional é tomada com a recuperação dos níveis dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional. Segundo o Ministério de Minas e Energia, os reservatórios superam 60% de armazenamento em janeiro, mês com chuvas acima da média em algumas regiões do país.

De acordo com o MME, em geral, a abertura dos vertedouros ocorre por dois fatores principais: garantir a segurança das barragens, quando o volume dos reservatórios chega aos patamares máximos, e redução da demanda de energia, como é esperado em janeiro. Assim, a água que passaria pelas turbinas é escoada nos vertedouros.

(Com Itaipu e Agência Brasil)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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