Foto: Loiso Delai
Boletim Climático

“A chuva veio para animar os agricultores”, diz produtor do Oeste paranaense

"A chuva veio para animar os agricultores", diz produtor do Oeste paranaense
Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Finalmente ela chegou, no primeiro dia útil de 2023 a tão esperada chuva veio para animar os produtores rurais no Paraná que estavam preocupados com a seca, principalmente no Oeste do estado.

Inclusive mostramos a situação crítica relatada pelos agricultores em lavouras de soja. Mas agora, essa chuva trouxe alívio para quem está no campo. O produtor de Palotina, Loiso Delai agradeceu pelo dia de hoje: “A chuva veio para animar os agricultores, depois de vários dias sem chuva afetando a produção ela veio graças a Deus”, disse aliviado.

Vários produtores dividiram sobre quanto choveu em suas propriedades. Nas comunidades de Palotina por exemplo, em Tertúlia teve registro de 52 milímetros, La Salle 45, Campo experimental C.Vale 52 milímetros. Em Toledo, na comunidade de Novo Sobradinho, o produtor relatou que choveu 48 milímetros.

Em Cascavel, na região central, o registro foi de 58 milímetros de chuva.

CHUVA BOA PARA AS LAVOURAS

Uma chuva muito aguardada e que de fato faz toda diferença nas lavouras.

“Produtor rural, tem a chuva que desejava, que esperava. Ainda temos esse resquício da La Niña, fazendo com que tanto as chuvas como a temperatura tenham uma variação significativa nesse verão como um todo. Ainda teremos alguma surpresa. Por exemplo, nesse mês nós teremos as temperaturas ainda relativamente tranquila, baixas. Ou um pouco mais de frescor durante a noite e durante o dia. Deve elevar um pouco mais a quantidade de chuva durante o mês. Ela deve ser um pouco menor do que a média esperada. Significa dizer que a gente vai ter um pouquinho menos de chuva, mas teremos uma quantidade de chuva ainda razoável e muito melhor do que alguns anos anteriores. Isso significa dizer que o produtor pode ficar numa situação um pouco mais, mais tranquila”, diz Reginaldo.

ATÉ QUANDO A CHUVA VAI?

Segundo o engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho, o mês de janeiro será marcado pela instabilidade: “Essa chuva que vai ser entre terça, quarta e talvez quinta-feira e dá uma melhorada geral no país. No Paraná a chuva também melhora, principalmente na metade norte do estado. Algumas áreas do Oeste, principalmente na terça, quarta e já melhorando na quinta. Santa Catarina Essa chuva acumulada é de terça a quarta-feira, na quinta melhora. Rio Grande do Sul como a gente falou mais na terça-feira, na quarta-feira já começa a melhorar”, explica Coutinho.

DEZEMBRO FOI INSTÁVEL E JANEIRO TAMBÉM DEVE SER

O Simepar fez um balanço do mês de dezembro, marcado por muitas adversidades climáticas.

“O mês de dezembro foi marcado por uma distribuição irregular da precipitação, pois a maioria das frentes frias que avançaram sobre o Sul do Brasil se comportaram de forma mais oceânica. Ou seja, esse comportamento por si só já induz uma distribuição mais irregular da precipitação. Além disso, tem o próprio comportamento das chuvas para essa época do ano, para o verão, que já ocorre de forma mais localizada e espacialmente menos distribuída. Com isso, tivemos o registro de anomalias negativas em algumas regiões do Paraná, como em parte do Noroeste, Oeste e também no sudoeste. Nessas regiões, o tempo se manteve mais seco, mas também tivemos anomalias positivas em algumas regiões do norte do estado, também em parte dos Campos Gerais, Centro-Sul e em alguns setores do Leste. Nessas regiões. As chuvas estiveram acima da média climatológica para o período”, detalha a Meteorologista Lídia Mota.

Sobre as temperaturas a La Niña continua trazendo influência neste mês no Paraná.

“Com relação ao comportamento das temperaturas, elas se comportaram dentro da média climatológica para o período, conforme esperado. Já para o mês de janeiro, a expectativa continua a ser de que essa distribuição irregular da precipitação se mantenha mais, com temperaturas dentro da média climatológica para o período. Ainda temos a influência do fenômeno La Niña, mas este ano ameno tende a se enfraquecer até o final da estação”, finaliza Lídia.

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)