Foto: Sandro Cesar Albrecht

Soja em foco: produção sustentável faz parte do giro técnico do IDR-Paraná e Embrapa

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: Sandro Cesar Albrecht

#souagro| Que o Paraná é um grande produtor de soja, nós sabemos. Mas manter às informações atualizadas sobre o manejo das lavouras é essencial durante o ano todo. Por isso, o Giro Técnico IDR-Paraná / Embrapa 2022 tem debatido no estado temas relevantes para uma produção sustentável de grãos, como o Manejo de Solos e Água, Manejo Integrado de Pragas (MIP), Manejo Integrado de Doenças (MID), Inoculação e Coinoculação de Sementes da Soja e Tecnologia de Aplicação (TA).

Nesta semana o Colégio Agrícola de Campo Mourão recebeu o Giro técnico, com 120 participantes entre produtores, estudantes e profissionais da área tiveram a oportunidade de atualizar seus conhecimentos e debater os temas abordados diretamente com pesquisadores da Embrapa Soja de Londrina e extensionistas do IDR-Paraná.

 

Claudine Dinali Santos Seixas, é fitopatologista da Embrapa e falou sobre o manejo do complexo de doenças da soja, apresentando dados técnicos e validados em campo na repetição de vários anos. Comentou que o uso racional de fungicidas vai muito além de gerar economia nos custos da lavoura, mas também reduzira possibilidade de resistência das doenças às moléculas utilizadas e diminuir os riscos ambientais do uso de produtos químicos. Acrescentou ainda da importância dos coletores de esporos distribuídos por todas as regiões do Paraná, instrumento este utilizado para detectar a presença de esporos causadores da Ferrugem da Soja e que podem ser acompanhados no Site Alerta Ferrugem do IDR-Paraná.

soja

 

Na mesma linha, porem com o tema Manejo Integrado de Pragas (MIP), Emerson Crivelaro, entomologista do IDR-PARANÁ, falou sobre o nível de desfolha e quantidade de lagartas na cultura da soja que não causam dano econômico, fazendo com que o produtor preserve os “predadores naturais” das pragas e também reduzindo custo de produção. O mesmo raciocínio vale para os percevejos, sendo hoje os principais insetos praga da cultura da soja. Acrescentou por fim os resultados do trabalho de MIP das ultimas 9 safras, com redução média de 50% no nº de aplicações de inseticidas.

Falando sobre inoculação e coinoculação de soja, o pesquisador Dr. André Mateus Prando, falou das vantagens e ganhos de produção utilizando esta tecnologia desenvolvida pela Embrapa. Destacou que no Brasil não é necessário a adubação nitrogenada na cultura, por conta das bactérias fixadoras de nitrogênio introduzidas através da inoculação das mesmas na semente. Já em outros países de clima temperado, há a necessidade de adubação nitrogenada, elevando os custos de produção da cultura.

soja

O tema de manejo e conservação de solos e águas foi abordado pelo técnico do IDR-Paraná, Luiz Henrique Oliveira Souza, que apresentou as vantagens da rotação de culturas nos Sistema de Plantio Direto (SPD). Luiz apresentou dados do projeto AISA– Ações Integradas de Solo e Água, uma parceria entre IDR-Paraná e Itaipu. Destaque para a Taxa de Infiltração Estável da Água no Solo, parâmetro este avaliado com um simulador de chuva e que mostra o nível de manejo do solo do produtor:boas taxas de infiltração indicam maior resistência aos processos erosivos, maior tolerância aos períodos de estiagem, melhor fertilidade e maiores ganhos de produtividade na lavoura.

Muitos produtores tem uma taxa de infiltração muito baixa em suas lavouras o que só poderá ser resolvido com a adoção da rotação de culturas. Com a diversificação de espécies no sistema e a manutenção da palha na cobertura do solo, há melhora significativa nas taxas de infiltração.

(Com dados da Assessoria)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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