AGRICULTURA
Segundo maior produtor nacional de soja, Paraná investe em boas práticas de cultivo
#souagro| O Paraná é o segundo maior produtor de soja do Brasil. Nesta safra os produtores paranaenses cultivaram 5,7 milhões de hectares. A produção esperada é de, aproximadamente, 21,5 milhões de toneladas, o que faz ser a principal cultura agrícola do Estado. A soja responde por 28% de todo o VBP (Valor Bruto de Produção) paranaense e apresentou uma taxa média de crescimento de 14% no período.
E é justamente por isso que os produtores da cultura são sempre incentivados ao melhor cultivo nas lavouras. Exemplo disso é o Giro Técnico da Soja, realizado pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) e a Embrapa-Soja em 2022.
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A edição deste ano foi finalizada depois de dois meses, onde foram foram organizados encontros entre pesquisadores, técnicos e agricultores nas principais regiões produtoras do grão do Paraná. O objetivo foi mostrar que é possível produzir soja de uma forma mais sustentável, com a adoção de boas práticas agrícolas. Foram 16 encontros com a participação de 1.050 produtores.
O Giro Técnico da Soja é uma metodologia que permite que agricultores conversem com pesquisadores, extensionistas e técnicos sobre boas práticas, como o Manejo Integrado de Pragas (MIP), a fixação biológica de Nitrogênio, o manejo de solos, tecnologias de aplicação de produtos na lavoura e Manejo Integrado de Doenças (MID).
“Neste ano a semeadura da soja no Paraná atrasou, em comparação a outros anos. Então, estamos tratando da ferrugem asiática num momento mais oportuno. Durante os eventos do Giro da Soja houve uma boa participação de agricultores, não só daqueles que já participavam do programa, como também de alguns que estão conhecendo o trabalho nesta safra”, disse Edivan José Possamai, coordenador estadual do projeto Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná.
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Segundo ele, há alguns anos o Estado vem se tornando uma referência nacional em adoção de tecnologias e produtividade no cultivo da soja. No entanto, muitos produtores ainda desconhecem essas práticas.
“Há espaço para que o Estado se consolide como modelo de produção sustentável da oleaginosa. O MIP pode reduzir pela metade o número de aplicações de inseticidas e o MID indica a redução de até 40% nas aplicações de fungicidas, sem comprometer a produtividade das lavouras. Essas práticas revertem em mais renda para o produtor, menor custo de produção e menor impacto ambiental, trazendo benefícios para a sociedade como um todo”, concluiu.
(Com AEN)