Preços da mandioca devem se manter nas alturas; PR é segundo maior exportador da raiz
#souagro| Em 2022 os preços da mandioca estão chegando nas alturas. Aqui no Sou Agro a gente vem acompanhando essa movimentação há meses, em outubro por exemplo, já havíamos dito que o valor era 80% maior que em 2021, por conta da menor oferta de produto.
Além disso, a colheita da mandioca foi bastante prejudicada pelas chuvas que atingiram o Paraná no fim de outubro, por conta da dificuldade da entrada de maquinário nas lavouras. Isso tudo elevou ainda mais os preços.
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Mas este cenário não deve mudar muito, a conjuntura de novembro da raiz da mandioca, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indica a permanência do movimento de alta nos preços da cultura, em todas as regiões produtoras.
Os motivos que explicam este cenário são os mesmos que já citei e se repetem durante toda a safra atual: baixa disponibilidade de raízes para comercialização devido ao pouco rendimento e produtividade das lavouras e os problemas climáticos, que dificultam a produção e a colheita, principalmente.
Essas questões climáticas afetaram principalmente oParaná, onde em um primeiro momento foram observados frio intenso e geadas e depois estiagem prolongada, que impactou a produção de diversas culturas, dentre elas a mandioca
Em novembro, o aumento de preços teve destaque na Bahia, onde o valor da raiz subiu 32,7% em relação a outubro. Já a farinha apresentou uma alta de mais de 20%. Isso vem sendo causado por questões que envolvem escassez e excesso de chuvas na principal região produtora da cultura no estado. Nas demais unidades produtoras da federação, os aumentos de preços também foram significativos, principalmente, no Pará e em São Paulo.
EXPORTAÇÃO
Já na exportação, o Mato Grosso do Sul, que era o principal exportador de fécula há dois meses, foi para a segunda posição, cedendo lugar para o estado de São Paulo, que sozinho forneceu mais de 62% do volume exportado durante o mês de novembro. Em seguida tivemos o Paraná com 12% e Santa Catarina com 2,7%, ficando o restante pulverizado entre outros quatro estados (Minas Gerais, Amazonas, Rio Grande do Sul e Bahia).
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A conjuntura da Conab é realizada mensalmente e tem o objetivo de coletar e fornecer informações e análises de sobrepreços internos e externos, exportações, preços de paridade de importação, dentre outras variáveis importantes.
Por meio desta iniciativa, a Conab também realiza análises de caráter macroeconômico e estudos mais específicos, como os que são voltados a produtos agrícolas, hortigranjeiros, pecuários, da sociobiodiversidade, e que compõem a pauta da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e da Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio). A mandioca é um produto que integra a PGPM e a Conab acompanha o mercado desta cultura e derivados (farinha, fécula, goma).
(Com dados da Conab)