Boletim Climático
O terror das mudanças climáticas: La Niña deve continuar firme e forte nos próximos meses
#souagro| A La Niña é o fenômeno que tem influenciado muito nas condições climáticas do país. Ela tem sido uma verdadeira pedra no sapato dos agricultores, afinal, tem trazido muitas incertezas e reflexos no clima, resultando em muita instabilidade. Tudo está desregulado, seja com seca demais ou chuvas em excesso, mas sem distribuição uniforme, ou até mesmo com geadas precoces.
É bem importante acompanhar a previsão do tempo para saber o período em que a La Niña permanece no país para tentar se prevenir com o que vem por aí. Ronaldo Coutinho trouxe um verdadeiro diagnóstico deste cenário e ao que tudo indica, a La Niña vai continuar dando dor de cabeça aos produtores nos próximos meses.
“A situação da La Niña continua ainda com uma linha moderada, forte e chegou a ficar bem forte entre final de novembro e dezembro, quase que tudo deu uma subida e estabilizou com pequeno viés de queda. Continua uma linha moderada, forte durante dezembro. Pelo visto ainda vai continuar assim em janeiro também. Então, continuamos com a linha firme e forte no Pacífico no trimestre e agora janeiro, fevereiro, março ela aumenta”, diz Coutinho.
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Sobre as chuvas, Coutinho diz que uma frente fria deve chegar já no começo do ano que vem.
“Já poderemos ter uma chuva boa ali entre o dia dois e três. Na passagem de uma outra frente fria, vai ter queda de temperatura. Então, aos pouquinhos, para muita gente, pode ser tarde. Mas para quem vai, quem fez o replantio ou que ainda tem cultura em andamento, ainda pode salvar alguma coisa no mato Grosso, também dá uma melhorada na chuva. A partir de 10 de janeiro, então Mato Grosso do Sul, metade sul do Mato Grosso, boa parte da região Sul, São Paulo, Minas, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Chuvas acima do normal começa a ter um veranico na faixa central do país”, diz Ronaldo.
Há uma expectativa com relação a chegada do El Niño para o ano que vem. O fenômeno também gera alterações significativas na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com grandes alterações no clima.
“Então mudança de padrão, saímos de La Niña de mais de três anos. Vamos começar 2023, com a La Niña e projeto de El Niño de maio ou junho para a frente. A atmosfera deve começar a responder o El Niño no final do nosso inverno, primavera”, detalha Coutinho.