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PECUÁRIA

Método barato analisa pesticidas na tilápia; Oeste do PR lidera produção nacional da espécie

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Nós sabemos que o Oeste paranaense é destaque nacional em vários setores do agronegócio, a produção de tilápia é um deles. Em setembro trouxemos aqui no Sou Agro que a cidade de Nova Aurora lidera o ranking nacional, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2021, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nova Aurora produziu 20,1 mil toneladas e R$ 146,8 milhões em valor de produção. Lembrando que a piscicultura em geral bateu recorde segundo a pesquisa  com 559 mil toneladas, alta de 0,9% em relação ao ano anterior, e R$ 4,7 bilhões em valor de produção e nestes índices, a tilápia é a que mais se destaca.

 

E é justamente por conta desse destaque todo, que cada vez mais são feitos estudos envolvendo a tilápia. Como é o caso da Embrapa que por meio de análises, encontrou um método rápido e barato para analisar o acumulo de pesticidas nos peixes.

A análise de pesticidas empregando cromatografia gasosa com detector de massas foi utilizada para analisar 23 pesticidas selecionados com base na capacidade de bioacumulação em organismos aquáticos, em músculo de tilápia, mostrando ser um método sensível e confiável para aplicar em amostras de peixes.

 

De acordo com Micaéla Diogo que desenvolveu seu trabalho na Embrapa Meio Ambiente, as condições de análise no equipamento foram individualmente otimizadas para cada pesticida, a fim de alcançar a máxima sensibilidade ao monitorar duas transições, uma para quantificação e outra para confirmação. “As medidas demonstram que esse método é eficiente e confiável para esse tipo de análise, com recuperações na faixa recomendada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, explica a bolsista.

Conforme a pesquisadora e orientadora da Embrapa Meio Ambiente Vera Ferracini, a contaminação aquática por defensivos representa uma grave ameaça aos ambientes fluviais em ambiente aquático de transição entre um rio e o mar e marinhos, afetando organismos, sendo os peixes um dos grupos mais prejudicados.

 

“O monitoramento dos peixes é fundamental para que possamos colaborar para manter o equilíbrio saudável do meio ambiente e, subsidiar a implementação de políticas públicas”, destaca Ferracini.

Além disso, o monitoramento de resíduos de defensivos em diversos organismos avalia a toxicidade em ambientes prioritários para preservação, como áreas estuarinas e manguezais e verifica o impacto dos efeitos tóxicos.  Devido a essa complexidade, é necessário estabelecer métodos de análise que sejas sensíveis e eficientes para um monitoramento efetivo dessas substâncias.

CUIDADOS DO SETOR

Para aumentar a produtividade na aquicultura  garantir a qualidade dos organismos cultivados, alguns pesticidas têm sido utilizados para regular o crescimento e controle de patologias e parasitas, prática que aumenta a produção, porém pode gerar alguma contaminação na água. Para evitar que isso aconteça, a Anvisa e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar voltam a sua atenção para o desenvolvimento de leis no intuito de garantir a segurança alimentar da população, especialmente pelo Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos Animais, adaptado pelo Ministério da Agricultura da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para promover segurança química em alimentos de produtos de origem animal e, os resultados das análises devem estar em conformidade com os limites de referência.

(Débora Damasceno/Sou Agro com Embrapa)

(Foto: Embrapa)

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)