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Com aumento dos surtos de gripe aviária, Holanda determina que avicultores confinem aves

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| A gente tem falado aqui no Sou Agro que os casos de gripe aviária estão aumentando em todo mundo, milhares de aves foram sacrificadas em várias regiões da Europa, Ásia, África e EUA por conta do vírus. Inclusive que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), emitiu o pedido que recomenda que os países e territórios da América Central e do Sul estejam em alerta máximo para mortalidade de aves silvestres e surtos ou mortalidade incomum em aves pela doença. O Brasil permanece livre da doença.

Em países onde a situação é crítica como é o caso da Holanda, o governo ordenou que os avicultores voltem a confinar suas aves para conter a propagação de uma cepa altamente infecciosa do vírus da gripe aviária.

 

“Infelizmente, o alto número de infecções deixa claro que é necessária precaução extra”, disse o novo Ministro da Agricultura holandês, Piet Adema, em carta à Câmara, acrescentando que houve vários surtos nos últimos dois meses e que há relatos diários de aves selvagens mortas em várias regiões da Holanda.

O risco para os seres humanos é considerado baixo, mas surtos anteriores entre aves comerciais precisaram de extensos programas de abate para contê-los.

“O vírus da gripe aviária não desapareceu da Holanda neste verão e a situação não vai melhorar com a próxima migração de aves”, afirmou.

 

No mês passado a Holanda relatou mais de 10 casos de gripe aviária. A França também viu um ressurgimento de casos depois de experimentar sua pior onda de gripe aviária este ano.

A disseminação da gripe aviária em todo o mundo levanta preocupações entre os governos e a indústria avícola devido à sua capacidade de devastar rebanhos, gerar restrições comerciais e causar o risco de transmissão humana.

MERCADO BRASILEIRO

Quando falamos em todos esses casos de gripe aviária espalhados pelo mundo, muita gente questiona onde o Brasil entra nessa preocupação, mas a realidade é que neste cenário, o mercado brasileiro acaba sendo beneficiado, isso porque, o risco da doença em outros países exportadores, abre oportunidades ao Brasil.

“É importante a gente dizer que o Brasil é um país livre de gripe aviária e nunca tivemos o registro dessa enfermidade aqui no nosso país. Isso faz com que o Brasil tenha um status sanitário de excelência. Com isso, o Brasil pode hoje acessar mais de 150 mercados, estamos trabalhando na abertura de novos mercados, mas o Brasil hoje já é um país que acessa o maior número de mercados no exterior”, disse o diretor de mercados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Luis Rua em entrevista ao Sou Agro.

 

Como os surtos de gripe aviária geraram muitos bloqueios aos países afetados, o Brasil teve abertura de muitas portas para exportação: “Nesses últimos meses com a influenza aviária banindo alguns dos nossos competidores, os Estados Unidos foram banidos de alguns países, a própria Europa também banida de alguns países que exigem esse status de excelência, o Brasil tem vindo  a ocupar um pouco desses espaços. Tem aumentado as suas exportações na casa de 8% no acumulado do ano e a expectativa é que com esse status sanitário de excelência, com todo o trabalho desenvolvido de qualidade, de sustentabilidade das agroindústrias é que o Brasil possa manter um caminho bastante importante quando a gente fala das exportações, o Brasil sendo cada vez mais chamado pelo mundo a contribuir com a segurança alimentar”, finalizou Luis.

(Débora Damasceno/Sou Agro com Reuters)

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