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AGRICULTURA

Paraná mantém estimativa de safra recorde

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Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
#souagro| O Paraná mantém a estimativa de safra recorde neste ano. Os dados são do Deral (Departamento de Economia Rural) da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná).  O Estado fechou junho com estimativa de pequena redução na produção de milho segunda safra 2021/22. A projeção agora é que serão produzidos pouco mais de 36,2 milhões de toneladas contra 36,8 milhões previstas em maio. Mesmo com a pequena redução, trata-se de uma safra recorde. A área de plantio é de quase 10,9 milhões de hectares.   O chefe do Departamento de Economia Rural, Marcelo Garrido, destacou os bons crescimentos projetados para alguns produtos, em relação à safra anterior, particularmente as culturas de milho e de feijão. “É importante observar que, apesar dos problemas enfrentados pelo agricultor, sobretudo os climáticos, a persistência e a vontade de semear a terra venceram e novamente vislumbramos recordes em alguns produtos”, afirmou. A previsão subjetiva da safra apresentada pelo Deral aponta que a produção de milho nesta segunda safra deve ficar em torno de 15,4 milhões de toneladas. É uma redução de 700 mil toneladas em relação à projeção inicial de 16,1 milhões de toneladas. Mas será 170% superior ao colhido na safra anterior, muito afetada pelas condições climáticas adversas, e que ficou em 5,7 milhões de toneladas.   Feijão O feijão de segunda safra paranaense deve ter a colheita encerrada nos próximos dias. A tendência é que se confirme o aumento expressivo de 95% na produção, em comparação com a segunda safra do período 2020/21, chegando a 557 mil toneladas. Entre os dias 20 e 24 de junho, o produtor recebeu, em média, R$ 330,00 pela saca de 60 quilos do feijão de cor, o que representa queda de 6% em relação à semana anterior. O feijão-preto também teve o mesmo percentual de queda, se estabelecendo em R$ 192,00.   Café A colheita do café no Paraná atingiu 40% da área produtiva estimada em 27 mil hectares. “Está em ritmo razoável, dentro da média histórica para o final de junho”, disse o economista Paulo Sergio Franzini, analista de café no Deral. Segundo ele, as geadas devem provocar quebra significativa de 30% a 40% na produção, mas neste momento ainda não é possível uma análise mais apurada. A colheita, que é na maior parte manual e usa bastante mão de obra, está mais cara este ano em razão da menor produção e pela necessidade de ser mais cuidadosa para que não fiquem grãos no pé ou no chão, o que ajuda a evitar a broca, uma das principais pragas da cultura, para o próximo ano. No entanto, os preços estão estabilizados, em média acima de R$ 1,1 mil a saca. “É um preço que remunera a atividade, mesmo com o aumento do custo de produção”, ponderou Franzini. (Tatiane Bertolino/Sou Agro - com Agência Estadual de Notícias)

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)