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Veja os fatores que serão necessários acompanhar em junho no agro
#souagro | O mês de maio foi marcado por diversos fatores no meio rural. Como a chegada de fertilizantes no Brasil, que foi maior que no ano anterior, a produção de milho, entre outros. O professor de planejamento estratégico e agronegócios, Marcos Fava Neves, elenca cinco fatores que deve prestar a atenção no mês de junho.
Assista ao vídeo:
- Baixas temperaturas favorecem o desenvolvimento do trigo
- Sucessão familiar ainda é tabu no agronegócio
O primeiro ponto é o desenvolvimento das lavouras de milho da 2ª safra e as previsões para o clima. “A Conab está otimista, vamos olhar se terá mais um pouco de chuva. Falaram para mim que mais uma ‘chuvinha e meia’ já ficava bom”, comenta.
Outro aspecto é acompanhar diariamente em junho são os indicadores da safra americana. “A chuva atrapalhou um pouco as operações. É preciso ficar atento, pois essa deve ser a variável de maior impacto nos mercados, que é o plantio do milho e da soja nos Estados Unidos”.
É importante acompanhar o câmbio e a economia brasileira. “Torcer para termos boas notícias. Quem sabe a Eletrobrás avançar para a privatização e conseguir ter novamente uma valorização do Real em virtude de confiança”.
O conflito internacional entre Rússia e Ucrânia deve ser acompanhado para saber como vai se desdobrar. “Nós gostaríamos que esta triste situação se resolvesse de forma mais rápida, mas está extremamente complexo este quadro. O Brasil acabou sendo um triste ganhador nessa história, mesmo com os problemas que existem lá, porque vieram mais investimentos para cá.
Por último o agro precisa de recursos para poder entregar a produção que o planeta necessita. “A chance imensa que o Brasil tem de dizer ao planeta ‘nós vamos o máximo possível de esforços para trazer a produção de grãos’. Para isso o país vai precisar de dinheiro e de crédito, vamos buscar esse dinheiro fora do Brasil e buscar essa chance de crescimento”, finaliza.
De acordo com o professor, o acompanhamento desses pontos é importante para saber para onde irão os preços, a questão de vendas dos grãos e dos câmbios.
(Ageiél Machado/Sou Agro)