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AGRICULTURA

Preço das frutas está baixando segundo a Conab

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

A redução de preço do mamão e da melancia oferecem boas perspectivas para o consumo de frutas. De acordo com o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta terça-feira (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a baixa procura pela melancia tem mantido as cotações estáveis ou até mais baixas em alguns mercados, especialmente na CEAGESP/SP (-40,48%), com preço médio de R$ 1,50/kg, e na Ceasa de Goiânia/GO (-36,56%), onde a fruta chegou a um preço médio de R$ 2,03/kg. Já o mamão vinha em patamares elevados no início do ano e diminuíram um pouco em abril, embora possa voltar ao viés de alta ainda neste mês. Outras frutas, como banana,  laranja  e  maçã, tiveram  oscilações  entre os mercados atacadistas estudados, com destaque para a redução do preço médio da laranja na Ceasa de Rio Branco/AC (-26,84%) e da maçã em Vitória/ES (-18,46%).

No caso das hortaliças, o levantamento aponta alta nos preços da batata, cebola e do tomate nos mercados atacadistas estudados. O alívio veio com a cenoura, que depois  de  uma  escalada  dos  preços  em  todos  os  meses  deste  ano,  apontou reversão  dos valores a partir de abril, explicada pela menor demanda da raiz.  As maiores quedas ocorreram em Vitória/ES, onde a variação negativa foi de 30,16%. No entanto, mesmo  com  a  queda,  o Boletim revela que os níveis das cotações continuam elevados em comparação a outros anos.

 

Para driblar a alta dos hortifrutis, o  Prohort  informa  outros  produtos  importantes  na  composição  do  quadro alimentar do consumidor que apresentaram queda nas cotações. As alternativas apontadas aos clientes das Ceasas e aos consumidores em geral tem como referência a redução de valores que ocorreram em abril, na comparação com o mês anterior, dentre as hortaliças comercializadas na Ceagesp/SP. Os destaques na redução da média de preços são: abóbora moranga (-20%), beterraba (-16%), batata-doce (-15%), inhame (-12%) e abobrinha (-11%). Em relação às frutas comercializadas no mesmo entreposto, comparando-se abril com março, destacaram-se na redução das cotações: caqui (-47%), pêssego (-29%), melão (-21%), carambola (-17%), limão (-15%) e a uva (-12%).

Flores

A edição de maio do Boletim Prohort trouxe também um tópico extra sobre o mercado de flores e plantas ornamentais, produzido em parceria com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), que destacou alguns números chaves do setor e um breve panorama da dinâmica do mercado nos últimos anos. De acordo com as análises, espera-se um crescimento de 12% em 2022 em relação a 2021, mas que ainda dependerá da situação econômica do país. Os bons resultados do mercado como um todo deve-se ao ganho em eficiência ocorrido na floricultura nacional este ano graças, principalmente, às melhorias na comercialização, da cadeia do frio e da logística. Os resultados foram a redução do tempo que as flores e plantas levam para percorrer o trajeto entre o produtor e o consumidor, com a consequente diminuição das perdas e dos desperdícios.

 

Segundo o Boletim, a pandemia da Covid-19 afetou muito o mercado de plantas e flores ornamentais nos primeiros meses de 2020. No entanto, com o passar do tempo e as pessoas permanecendo em casa, passaram também a utilizar mais as flores e plantas para decorar os ambientes, o que alavancou o crescimento do mercado das plantas verdes e das flores em vaso. Já as flores cortadas, utilizadas na decoração de casamentos e formaturas, entre outras festas, sofreram um grande baque em 2020 e continuaram sofrendo em 2021 e ainda não chegaram ao patamar correto até hoje.

A  base  de  dados  Conab/Prohort,  considerada  a  maior  e  de  maior  alcance  do  país, contempla  informações  de  117  frutas  e  123  hortaliças,  somando  mais  de  2  mil produtos e suas variedades. O  levantamento  dos  dados  estatísticos  que  possibilitaram  a  análise  deste  mês  foi realizado   nas   Centrais   de   Abastecimento   localizadas   em   São   Paulo/SP,   Belo Horizonte/MG,  Rio  de  Janeiro/RJ,  Vitória/ES,  Curitiba/PR,  Goiânia/GO,  Brasília/DF, Recife/PE, Fortaleza/CE e Rio Branco/AC.

 

(Fonte: Conab)

(Débora Damasceno/Sou Agro)