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Quaresma também é agro
Débora Damasceno
#souagro| Se você clicou para ler essa reportagem, certamente ficou curioso para saber o que a quaresma e o agronegócio tem em comum. A quaresma é o período de 40 dias que antecede a páscoa, celebração muito importante para o cristianismo e que representa a ressurreição de Jesus Cristo.
Durante esses dias, os cristãos se dedicam à reflexão e a conversão espiritual fazendo oração e penitência. Este é um breve resumo do que o período representa, mas sem mais delongas, pois o foco aqui é o agro.
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O Agronegócio entra nessa com simplesmente tudo que se refere a alimentação, afinal é durante a quaresma que há o maior aumento no consumo de peixes, pois principalmente nas quartas e sextas, os cristãos trocam a carne vermelha pelo peixe como uma forma de praticar o jejum e a abstinência.
A quaresma começa oficialmente hoje (2) e nos próximos 40 dias muito vai se falar sobre o aumento na venda de peixes, não só no Brasil, mas também no mundo. Além do peixe, aumenta também o consumo de ovos, frango, vegetais e azeites. E você sabe o que tudo isso tem em comum? Tudo é Agro.
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Para essa mudança na alimentação dos cristãos, o agronegócio é quem trabalha para entregar todos esses produtos na mesa dos consumidores. É a piscicultura, pecuária e agricultura trabalhando juntos para um dos períodos mais aquecidos nas vendas. Agora ficou mais fácil de entender como a quaresma e o agro andam juntos não é mesmo?
AUMENTO NAS VENDAS
O aumento nas vendas de peixes, ovos e frango são os mais impactantes no período da quaresma e as expectativas é de que este ano, os resultados sejam ainda mais altos. Além da quaresma, a pandemia também fez com que os brasileiros consumissem mais outras proteínas por conta do alto preço da carne bovina.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) calculado pelo IBGE revelou que a variação acumulada nos últimos 12 meses, de janeiro 2021 a janeiro de 2022, nos preços das carnes bovina e de frango foi maior em relação ao aumento da carne de peixes.
Segundo a pesquisa, as aves e ovos tiveram alta de 22,1%, seguidos pelo segmento de carnes, com 10%, e pelo segmento de carnes e peixes industrializados, 9,7%. Já os pescados tiveram aumento acumulado em 12 meses de 5,8%, ou seja, mais baixo que as carnes.
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Em algumas regiões do Brasil a expectativa é de que as vendas aumentem em até 50% em relação ao ano passado. Em 2021 em boa parte dos estados brasileiros, o crescimento na venda de peixes variou entre 20 e 30% de acordo com as pesquisas regionais.
Para a carne de frango e os ovos também há expectativa de um alto crescimento nas vendas, mas sem uma estimativa específica, de acordo com o Ovosite “A semana atual marca a chegada de um novo mês e a expectativa de uma próxima recuperação na capacidade aquisitiva da população. No mercado de ovos, a semana marca o início da quaresma, período religioso que traz grande dinamismo aos negócios com ovos.”
(Débora Damasceno/ Sou Agro)
