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Quais peixes podem transmitir doença da urina preta?

Amanda Guedes
Amanda Guedes

SOUAGRO | A doença da urina preta ou Doença de Haff é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como o tambaqui, o badejo e a arabaiana ou crustáceos (lagosta, lagostim, camarão).

Mas de que forma esses peixes contraem a doença? É por meio da alimentação, principalmente quando os animais não são guardados e acondicionados de maneira adequada.

O problema é que é difícil identificar o peixe contaminado. Por isso, é importante saber a procedência do pescado. A toxina não tem cheiro, gosto ou cor. A ciência comprova que todos os casos relacionados a doença da urina preta foram ocasionados por pescados de origem desconhecida. Nenhum desses está relacionado com peixe de piscicultura, então não existe o risco de consumo desse pescado.’

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou uma nota no último mês na qual alerta sobre uma possível relação entre os casos de doença de Half, observados este ano no Brasil, e o consumo de peixes, mariscos e crustáceos sem o selo dos órgãos de inspeção oficiais.

De acordo com a pasta, todos os casos notificados e em investigação estão sendo acompanhados por epidemiologistas do Ministério da Saúde, em cooperação com os Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) e o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

Sintomas e diagnóstico

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença de Haff não possui uma lista fechada de manifestações. Os principais incômodos são dores musculares poucas horas após o consumo de peixes ou crustáceos. Alguns pacientes também apresentam dor no peito, falta de ar, sensação de dormência, náusea, tontura, fraqueza, e a urina escura (daí o nome popular), que se assemelha à cor do café.

Na maioria das vezes, o quadro costuma evoluir bem, mas há risco de morte, especialmente em pessoas com comorbidades. O indicado é procurar ajuda logo após o aparecimento dos primeiros sintomas para que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível.

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(AMANDA GUEDES / SOU AGRO)

 

(Amanda Guedes/Sou Agro)