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PECUÁRIA

Quando o Brasil vai voltar exportar carne para China?

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Amanda Guedes
Amanda Guedes

SOUAGRO | O Ministério da Agricultura informou em nota que continua aguardando um retorno das autoridades chinesas quanto à liberação dos embarques de carne bovina à China, após os dois casos atípicos do “mal da vaca louca” no País. Segundo a pasta, foi encaminhada uma solicitação para reunião técnica com o país asiático, mas esta ainda não foi agendada pelos chineses, que disseram estar analisando as informações apresentadas.

O embargo às exportações foi estabelecido de forma voluntária pelo Brasil, como cumprimento ao protocolo sanitário que consta no acordo comercial com a China. As regras preveem a normalidade das negociações após investigação dos casos por um laboratório internacional, como foi feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no Canadá.

“O Brasil foi totalmente transparente com as autoridades sanitárias chinesas, informando da possibilidade de EEB antes mesmo da confirmação oficial pelo laboratório canadense. Desde então, temos atendido pronta e tempestivamente todos os pedidos de informação que nos são dirigidos”, afirmou o ministério.

A pasta acrescentou que acompanha de perto a situação dos frigoríficos, mas que não tem como definir uma data para o retorno das exportações, uma vez que aguarda a decisão dos chineses.

Vacas de leite no frigorífico

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RELEMBRE O CASO

No último dia 04 de setembro, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária, confirmou por meio de nota que os testes em torno de casos atípicos da doença da vaca louca no Brasil deram positivo, por contraprova de testes realizados em um laboratório canadense.

Antes dessa confirmação, o MAPA já havia emitido ofício-circular suspendendo temporariamente as operações de exportações para a China, o maior mercado consumidor de carne do Brasil. A notícia caiu como uma bomba no sistema de segurança de sanidade nacional, já debruçado em estratégias para minimizar o impacto deste anúncio pelo mundo.

Os casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) foram registrados em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG). De acordo com o MAPA, os casos atípicos ocorrem de maneira espontânea e esporádica, sem relação com a ingestão de alimentos. As ações de mitigação dos casos foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado pelo laboratório ligado a Organização Mundial da Saúde Animal. Vale ressaltar que não há risco algum para a saúde humana e animal.

(AMANDA GUEDES / SOU AGRO COM AGÊNCIA)

 

(Amanda Guedes/Sou Agro)