AGRICULTURA
PÓS-GEADA: Qual o rumo para o mercado de milho?
#souagro | A pergunta que não quer calar no mundo agro é a seguinte: para onde vai o mercado de milho? Todos os prognósticos do momento não passam de mera especulação e estimativa. Ainda é muito precoce qualquer análise mais precisa, mas o que se sabe até então, é que a saca do milho já subiu 17% do fim do mês passado (antes da geada) até hoje.
A valorização da commodity, na B3, a bolsa de valores brasileira, é atribuída a geada que atingiu boa parte das regiões produtores do País e por conta disso, a estimativa de redução da qualidade do grão, principalmente na região Sul. A demanda aquecida também é outro fator responsável pela alta dos preços da saca do milho.
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Panorama mudou
O que se sabe é que o mercado agora é outro, a partir dos reflexos provocados pelas geadas. “O mercado vinha se ajustando para uma realidade de quebra na safra por conta da escassez hídrica, porém, com uma produção suficiente para atender o mercado interno. “Agora, depois dessas geadas, o panorama é outro, com o Brasil obrigado a importar o insumo para suprir a carência de algumas regiões”, explica. Para Motter, haverá uma redução do consumo do grão e escalas de alojamentos mais alongadas, principalmente nas cadeias de suínos e aves. O cenário indica ainda uma redução do volume de exportação de grãos. Hoje, o Brasil exporta 30 milhões de toneladas. Países exportadores como os Estados Unidos (60 milhões de toneladas), Argentina (35 milhões de toneladas) e Ucrânia (30 milhões de tonelada), vão sentir mais a pressão. (Vandré Dubiela/Sou Agro) Foto: Almir Trevisan