AGRICULTURA
Mercado da soja fecha semana em lentidão
Sirlei Benetti
#souagro | O ritmo dos negócios envolvendo o mercado brasileiro de soja seguiu lento nesta semana. Os preços, ainda firmes, espelham a volatilidade da Bolsa de Chicago e do dólar. A comercialização da safra 2020/21 atinge 79,2% da produção projetada, acima do relatório anterior, estabelecido em 75,6%. Os dados são um compilado de análises apurados junto às agências nacionais. A saca da soja fechou cotada no mercado a R$ 166,31 conforme o Cepea/Esalq.
No mesmo período do ano passado, os trâmites em torno das negociações somaram 92,9%, com média de 78,2% no período dos cinco últimos anos. Levando em conta uma safra estimada em 137,19 milhões de toneladas, já foram negociadas 108,59 milhões de toneladas.
O atraso é facilmente percebido com relação às vendas antecipadas da safra 2021/22, comparando ao mesmo período do ano anterior. A expectativa é de uma comercialização antecipada de 21,5%, totalizando 29,56 milhões de toneladas. No mês de junho, a realidade era de 19,2%. Comparando ao mesmo período do ano passado, esse número era de 39,8% e a média dos últimos cinco anos de 17,6%.
De acordo com o mais recente relatório divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção brasileira de soja será de 135,91 milhões de toneladas na safra 2020/21, crescimento de 8,9% em comparação com a safra anterior, de 124,84 milhões. A estimativa de área é de 38,51 milhões de hectares, 4,2% superior ao ano anterior, de 36,95 milhões de hectares.
Já sobre a produtividade, a estimativa é de 3.529 quilos por hectare, ante 3.379 na safra passada, variação de 4,5%. Em junho, esses números eram de 3.528 quilos por hectare, praticamente o mesmo da estimativa atual.
(Vandré Dubiela/Sou Agro, com agências)
Foto: Jaelson Lucas/AEN
