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“Mar verde” de Altônia, limão gera empregos e ganha o Paraná
A cena é bonita de se ver. Um caminhão carregadinho de limão, formando ondas verdes na caçamba de acordo com o balanço da boleia, tomando o rumo de Curitiba. É assim, religiosamente toda quarta-feira, que o agricultor Ricardo Casemiro dos Santos abastece a Ceasa da Capital com a fruta de Altônia, no Noroeste do Paraná. São 300 caixas de limão taiti a cada viagem de mais de 630 quilômetros. Volta sempre sem nada.
Na cidade grande, vira suco, sorvete, torta, tempero e uma infinidade de variantes que fazem a alegria dos altonianos. “Aqui tem limão o ano todo, falta nunca”, diz ele, enquanto busca espaço para encaixar mais um punhado da fruta antes de pegar o trecho.
Ricardo é um dos puxadores da produção de limão na cidade. Cultura que ganhou espaço há pouco mais de 20 anos, parte em substituição à laranja, que passou a ficar concentrada na vizinha Paranavaí, também no Noroeste, diminuindo a concorrência entre as cidades.
De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, Altônia responde por quase metade da plantação de limão do Paraná: 44,7% das colheitas, bem à frente dos demais polos – Cerro Azul (6%), São Jorge do Patrocínio (6%) e Andirá (4,6%).
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