TECNOLOGIA
Indígenas aprovam estudos da Nova Ferroeste
Os caciques e líderes indígenas do Território Indígena Rio das Cobras, no município de Nova Laranjeiras, no Centro-Sul do Estado, aprovaram o cronograma, a metodologia e o roteiro do estudo que servirá de suporte para a Nova Ferroeste.
O encontro virtual reuniu membros da comunidade, representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), empresa contratada pelo governo estadual para a realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).
Os trilhos da Ferroeste já passam perto de Rio das Cobras, onde vivem 3,2 mil pessoas. Agora, com a Nova Ferroeste, a ideia é avaliar se haverá algum impacto novo na vida dessa população com o aumento do transporte de cargas. Esta é a única área indígena ao longo dos 1.285 quilômetros que conectarão Maracaju (MS) a Paranaguá (PR).
Vivem nas aldeias as etnias Kaigang e Guarani. É uma área de 19 mil hectares que foi destinada pelo Governo do Paraná em 1901. A maioria dos habitantes vive da lavoura.
“Esse estudo vai levar cinco meses. As equipes vão realizar entrevistas, fotografar e organizar os dados coletados para produzir o relatório”, explicou Rodrigo Bulhões, coordenador do Componente Indígena de Transporte e Mineração da Funai. As compensações para o impacto serão indicados a partir dessa análise detalhada da rotina e da relação dos habitantes da área indígena com o entorno.
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