Foto: José Fernando Ogura-AEN

Perspectivas para o setor de leite e de mandioca para 2025

Redação Sou Agro
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Foto: José Fernando Ogura-AEN

Pesquisas do Cepea apontam que os custos com nutrição animal seguem avançando e o poder de compra do pecuarista leiteiro continua caindo. E esse é o maior ponto de atenção para 2025 para o setor leiteiro nacional.

Segundo pesquisadores do Cepea, a escalada nos custos operacionais tende a ser gradual ao longo deste ano, sendo impactada em um primeiro momento pelos maiores gastos para produção de volumoso (diante da alta nos preços de fertilizantes) e contrabalanceada por uma possível redução nos valores do concentrado no primeiro semestre de 2025.

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Por outro lado, no segundo semestre, o escoamento da safra nacional pode limitar os estoques, afetando, consequentemente, a precificação de insumos para a formulação de rações.

Nesse sentido, a projeção do Cepea é de que a produção de leite em 2025 possa manter o ritmo de crescimento entre 2% e 2,5%. Um crescimento acima disso exigiria uma recuperação muito forte da oferta no primeiro trimestre de 2025, mas isso vai depender majoritariamente do clima.

Mandioca: Produção deve seguir crescente mas esmagamento é incerto para 2025

Após dois anos seguidos de alta, com recorde batido em 2024, o esmagamento de mandioca ainda é incerto para 2025. Embora dados iniciais sinalizem maior oferta de matéria-prima, é preciso saber se haverá espaço para aumento das vendas dos derivados, o que daria sustentação à demanda industrial.

Segundo agentes consultados pelo Cepea, o avanço na comercialização de raízes com até 12 meses no segundo semestre de 2024 e as condições climáticas desfavoráveis no Centro-Sul até o terceiro trimestre do mesmo ano devem limitar a disponibilidade em parte de 2025.

Estimativas preliminares do IBGE, porém, apontam crescimento de 3,6% na produção brasileira de mandioca, somando 19,4 milhões de toneladas, resultado do incremento de 1,8% na produtividade média (15,7 t/ha) e na área a ser colhida (1,23 milhão de hectares).

Quanto ao esmagamento, cálculos do Cepea apontam que o volume processado pelas fecularias em 2025 poderá diminuir, visto que em nenhum registro da série histórica, o esmagamento cresceu por três anos consecutivos.

(Com Cepea)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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