O clima é um fator essencial e inegociável para uma boa produção agrícola, fatores como chuva em excesso, estiagem, queimadas, vendavais  e demais eventos climáticos podem levar a perdas na produção e, em níveis mais acentuados, ao prejuízo do produtor rural.

E, com o aumento das temperaturas no mundo todo, esses eventos climáticos extremos estão ficando cada vez mais recorrentes. E, a combinação de fatores como as condições climáticas adversas, juros mais altos para o crédito e o aumento nos custos de produção agrícola estão levando produtores rurais a entrarem com pedido de recuperação judicial.

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Segundo um balanço feito pela Serasa, 207 produtores rurais entraram com pedidos de recuperação judicial no primeiro semestre deste ano, superando o número registrado em todo o ano passado que foi de 162.

O professor do Insper Fábio Astrauskas e CEO da consultoria Siegen, que levantou esses dados, afirmou que o atraso ou antecipação de uma colheita faz uma diferença gigantesca no agronegócio e pode inviabilizar ou aumentar muito o custo de financiamento da safra.

“O clima prejudicou várias culturas, sendo, sim, um elemento importante para o crescimento expressivo das recuperações judiciais no agronegócio”, comentou o professor.

O agronegócio é um dos principais pilares da economia brasileira, responsável por parte significtativa do Produto Interno Bruto nacional, mas tem sido muito impactado pelas mudanças climáticas. No caso deste ano, o setor foi afetado pela seca recorde, o aumento na temperatura e as queimadas que afetaram as safras, o que pode provocar queda na produção de algumas culturas agrícolas.

(Com METSUL)

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(Redação Sou Agro/Sou Agro)