O arroz é o segundo maior emissor de gás metano no setor agrícola, perdendo somente para a pecuária. O gás metano, gás carbônico e óxido nitroso são os principais causadores do efeito estufa (GEE). Santa Catarina é o segundo maior produtor de arroz do Brasil. Segundo estimativa da Epagri/Cepa divulgada pelo Observatório Agro Catarinense, o Estado deve produzir 1.269.395 toneladas do grão na safra 2024/25.

Com base neste cenário, a Epagri tem se empenhado em tornar cada vez mais sustentável a rizicultura catarinense. Uma das ações mais recentes aconteceu em Turvo, no Sul catarinense, quando 28 pessoas se reuniram para discutir a questão. O evento aconteceu em 10 de setembro e teve a presença de produtores rurais e de técnicos da Epagri, de cooperativas e de entidades regionais do setor.

Estado avança na pecuária sustentável com novilhos precoces

Arrendamento de áreas é o principal componente do custo do arroz

Durante o encontro foram discutidas estratégias e práticas para minimizar as emissões de metano nas quadras de arroz. Especialistas apresentaram técnicas e outras inovações que podem ser implementadas nas lavouras, incluindo o manejo adequado da água e a adoção de variedades de arroz mais eficientes em termos de emissão de gases. Os participantes também trocaram experiências e discutiram desafios específicos enfrentados na região.

Mitigação das mudanças climáticas

Filipe Rodrigues Kinalski, extensionista da Epagri em Ermo e um dos organizadores da reunião, explica que o evento faz parte dos esforços do Projeto Transição aos Cultivos de Arroz Sustentável na América Latina, financiado pelo Global Methane Hub. A proposta é reduzir as emissões de metano na produção do grão, em atenção ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13 da ONU, que se concentra na ação contra as mudanças climáticas.

A reunião foi ainda um marco na colaboração entre o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e a Epagri. “A parceria entre o IICA e a Epagri demonstra o compromisso das instituições em promover práticas agrícolas que contribuam para a mitigação das mudanças climáticas. Reforça ainda a importância da colaboração entre pesquisa, prática agrícola e políticas ambientais”, relata Filipe.

Glaura Mendes Perufo, extensionista da Epagri em Turvo, colaborou na organização do encontro. Ela destaca que eventos como este são cruciais para avançar em soluções práticas e sustentáveis para a agricultura. Segundo ela, a reunião mostra que a Epagri está alinhada à crescente preocupação global em torno das mudanças climáticas. Também prova que a Empresa entende a necessidade urgente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

(Com Epagri)

• Faça parte do grupo de WhatsApp do Sou Agro
• Siga o portal Sou Agro no Instagram

(Redação Sou Agro/Sou Agro)