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CNA capacita produtores artesanais para o mercado internacional

Redação Sou Agro
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Produtores e empresários rurais inscritos no “Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais” da CNA estão sendo capacitados para o mercado internacional pelo projeto Agro.BR.

O Agro.BR também é uma iniciativa da CNA, em parceria com a ApexBrasil, que identifica as potencialidades dos produtores e leva conhecimento para que possam agregar valor, aumentar a visibilidade da produção, aprender sobre o mercado internacional e começar a exportar.

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“Essa ação conjunta mostra que é possível que produtores de artesanais busquem o caminho das exportações. É mais uma alternativa para que possam comercializar seus produtos”, afirmou o coordenador de Promoção Comercial da CNA, Rodrigo da Matta.

O produtores João Chaves Marques Faria (Cachaça Remedin), Rachel Capoani (Azeite Capolivo), Ondina Maria Becker (Azeite Herança do Cerro) e Mariana Basaure (Chocolate Majucau) são exemplos de como a produção de alimentos artesanais pode conquistar o mundo.

Prata da casa – João Chaves é do Distrito Federal e se inscreveu no ‘Prêmio CNA Brasil Artesanal 2022 – Cachaça de Alambique’ com a expectativa de dar visibilidade à bebida produzida pela família, elevar o faturamento e investir na produção.

A cachaça Remedin foi a grande vencedora na categoria prata e, desde então, conquista cada vez mais espaço no mercado nacional. “Participar do prêmio foi uma das maiores viradas de chave da cachaça prata. Antes, ela representava 8% do nosso faturamento e, hoje, chega a 38%. O prêmio revolucionou nosso negócio”, disse João.

João e Cid Marques recebem prêmio do presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA, Nelson Perez (ao centro)
João e Cid Marques recebem prêmio do presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA, Nelson Perez (ao centro)

Vencer o concurso incentivou João Chaves e seu pai, Cid Marques Faria, a se inscreverem em outras ações do Sistema, como a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o projeto Agro.BR.

Desde a entrada no Agro.BR, em outubro de 2023, a cachaçaria Remedin participa de consultorias e treinamentos sobre o mercado internacional.

“O Agro.BR é uma iniciativa que pega na mão do produtor e mostra tudo sobre a exportação, que é um gargalo para produtores artesanais. E nos ajuda a sermos mais assertivos no comércio exterior”, disse João.

De acordo com a assessora de Relações Internacionais da CNA, Mônica Batista, a cachaçaria já foi acionada por alguns países, como o Uruguai, para que envie propostas de preços. “Além de ajudarmos a formar o preço de exportação e a enviar os materiais promocionais, fazemos também uma pesquisa de concorrência”.

Visão de futuro – A produtora de azeite Rachel Capoani, de Canguçu (RS), também buscou no Prêmio CNA Brasil Artesanal o reconhecimento da qualidade do produto, feedback de consumidores, valorização da história por trás da produção, promoção e visibilidade. O azeite Capolivo foi o campeão na categoria Monovarietal do concurso Azeite de Oliva 2023.

“Participar do prêmio foi uma decisão estratégica, emocionalmente significativa para nós, e ofereceu uma oportunidade única de ter nossos produtos avaliados por um júri técnico. Esse reconhecimento por especialistas é crucial para validar o trabalho árduo e a dedicação que colocamos em cada etapa produtiva”, disse.

Carolina e Martina Capoani, irmãs de Rachel, recebem o prêmio da CNA
Carolina e Martina Capoani, irmãs de Rachel, recebem o prêmio da CNA

A entrada no projeto Agro.BR, segundo Rachel, faz parte da visão de médio e longo prazos da marca. “Atualmente, nossa produção está voltada para o mercado nacional, mas estamos investindo no crescimento futuro e na capacidade de exportar nossos azeites, o que é um reflexo do compromisso com a excelência e expansão da nossa atuação além das fronteiras”.

Para Rachel, “o Agro.BR é uma oportunidade valiosa e, participar da iniciativa, proporciona o conhecimento e as ferramentas necessárias para aprimorar os processos e garantir que os azeites atendam padrões internacionais. Essa parceria representa um passo estratégico crucial para o futuro da nossa produção”.

Expansão da marca – A história se repete com a técnica de enfermagem e produtora de chocolate Mariana Basaure, de São Paulo. Em 2019, se inscreveu na primeira edição do Prêmio Brasil Artesanal e o chocolate Majucau acabou vencendo o primeiro lugar. O prêmio foi uma grande conquista para a marca, que tinha apenas cinco meses no mercado.

Mariana recebe premiação do diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, e da coordenadora do Núcleo de Inteligência da CNA, Natália Fernandes
Mariana recebe premiação do diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, e da coordenadora do Núcleo de Inteligência da CNA, Natália Fernandes

“Apresentar o nosso trabalho e ser reconhecidos pelo que fazemos foi o que motivou o meu marido, Paulo da Silva Júnior, e eu a nos inscrevermos no concurso. Foi maravilhoso, nos deu muita visibilidade no mercado. Com o selo de ouro estampado na embalagem, ganhamos credibilidade e destaque nas prateleiras”, afirmou Mariana.

Em setembro de 2023, a chocolateira se inscreveu no Agro.BR com o objetivo de entrar no mundo da internacionalização e aprender mais sobre os processos de exportação. “Estar no projeto é muito importante, pois participamos de feiras e ganhamos visibilidade e reconhecimento no mercado. Esperamos poder exportar e expandir a marca fora do Brasil”.

Novos planos – A oportunidade de mostrar a qualidade dos produtos também motivou Ondina Maria Becker, de Encruzilhada do Sul (RS), a se inscrever no Prêmio Artesanal da CNA em 2023. O azeite Herança do Cerro ficou em segundo lugar na categoria Blend. “A conquista agregou ainda mais valor ao produto”.

Além do azeite, a Herança do Cerro produz mirtilos, geleias de mirtilos e cosméticos à base desses produtos, que são fornecidos para empórios gourmets. Atendida pelo projeto Agro.BR, a empresa tem como objetivo internacionalizar seus azeites.

Paula Becker, filha de Ondina, recebe premiação do vice-presidente da CNA, Mário Borba
Paula Becker, filha de Ondina, recebe premiação do vice-presidente da CNA, Mário Borba

“Nos inscrevemos ano passado no Agro.BR com o objetivo de ter mais conhecimento na área de exportação e nos adequarmos às normas e exigências do mercado internacional”, explicou Ondina.

Mônica Batista, assessora da CNA, afirmou que o Herança do Cerro conta com auxílio na formação de preço de exportação e informações logísticas e aduaneiras, registro de produtos no Mapa e na Anvisa, portfólio traduzido em cinco idiomas e plano de exportação.

A assessora técnica da Confederação e organizadora do Prêmio CNA Brasil Artesanal, Fernanda Regina, destacou que a iniciativa é uma oportunidade de reconhecimento e valorização dos pequenos e médios produtores brasileiros, uma vez que o concurso coloca em evidência o produto no país. “Um dos nossos diferenciais é a etapa do júri popular, levando até o consumidor final esses produtos de qualidade”.

Prêmio CNA Brasil Artesanal – A CNA promove o Prêmio desde 2019, uma iniciativa que faz parte do “Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais”. Já foram realizados concursos de chocolates, queijos, salames, cachaças e charcutaria, azeites, vinhos e espumantes e cafés especiais. Atualmente, a CNA está com o concurso de mel em andamento e abriu inscrições para cervejas. Saiba mais.

Projeto Agro.BR – O Agro.BR inclui iniciativas direcionadas para negócios que estejam em qualquer etapa do caminho da exportação, com sensibilização, capacitação, apoio ao plano de exportação, consultoria personalizada, participação em rodadas de negócios, suporte em escritórios no exterior. Atualmente, o projeto conta com 1.443 inscritos de todos os estados brasileiros. O objetivo é aumentar e diversificar a pauta exportadora. Saiba mais.

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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