Foto: reprodução Mapa

Vai ter salpicão na ceia do ano novo? Frango brasileiro usado no prato é exemplo de qualidade

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: reprodução Mapa

Dezembro está chegando ao fim,  mês que é marcado pelas celebrações de Natal e ano novo, onde a sociedade comemora o ano que passou e o que virá, com união e comidas típicas da época, em que muitos esperam o ano todo para comer, como a rabanada, o famoso salpicão, entre outros pratos.  

O salpicão é um prato tipicamente brasileiro, que tem diversos ingredientes que estão no dia a dia do brasileiro como a cenoura, batata, maça e frango, sendo este o ingrediente principal. O livro especial de 50 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), explicita que a produção de aves no Brasil começou por meio dos colonizadores portugueses, porém, só se consolidou na década de 1975. O país é o segundo maior produtor de carne de frango no mundo e o maior exportador global, beneficiando 153 países.  

 

Parte disso se deve a capacidade de produção agrícola brasileira, principalmente para a produção de grãos como milho, soja, sorgo, cevada e aveia, que são utilizados na produção de rações de diversos animais como as aves.  

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), a produção de carne de frango em 2022, atingiu 14.5 milhões de toneladas, onde foram exportados 4.7 milhões. Até novembro deste ano, o país já exportou mais de U$$ 8.8 bilhões em 4.7 milhões de toneladas, em que os principais importadores foram a China, Japão, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Países Baixos. 

A carne de frango é uma das proteínas mais consumidas pelos brasileiros. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), mais de 66% da produção de carne de frango foi para o mercado interno e o consumo per capita da proteína foi de 45.2 kg em 2022.   

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) trabalha na garantia de qualidade e nos sistemas rastreáveis e transparentes para que a carne de frango chegue segura aos consumidores e para atender o cumprimento das normativas do comércio internacional de proteínas animais.    

O diretor substituto do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Lucio Akio, afirmou que o controle da saúde dos animais já inicia desde a granja até a sua distribuição aos pontos de venda. “Todos os frangos devem chegar ao abate com um documento atestado por médico veterinário. No estabelecimento de abate do Serviço de Inspeção Federal (SIF), esses documentos são avaliados e uma amostragem dos animais é inspecionada para verificar se realmente não existem sinais clínicos que impeçam seu abate para consumo. Durante o abate 100% das aves passa por inspeção oficial para a retirada de qualquer ave imprópria para consumo”, explicou.   

Recentemente o Governo Federal lançou a campanha publicitária com o slogan “Alimento inspecionado. Tá na mesa, tá seguro”, para reforçar a população quanto à segurança do consumo de carnes de aves e ovos inspecionados.   

A campanha é dividida entre Alimento Inspecionado e Animal Saudável e traz para o consumidor o processo que leva à produção sanitariamente segura. Outra estratégia da campanha é apresentar que a gripe aviária, que ingressou no país em maio de 2023 afetando aves silvestres, não é transmitida pelo consumo desses alimentos.  

Akio destacou que a produção de frangos no Brasil é livre do uso de hormônios e esclareceu que não é necessário lavar a proteína antes do preparo. “É importante que os utensílios, como facas, tábuas de preparo, sejam devidamente higienizadas após o preparo do frango cru, para evitar contaminações por micro-organismos naturalmente presentes na ave, mas que serão destruídos com o cozimento”, disse.  

Outra maneira do consumidor verificar se o pacote de frango é seguro é observar se na embalagem consta a presença do carimbo da inspeção municipal, estadual ou federal, como o Sisbi-POA, SIE, SIM ou SIF. O selo é o indicativo de que o produto foi inspecionado de acordo com as normas nacionais.  

(Com Mapa)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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